A presença maciça de alunos com necessidades educacionais específicas (NEE) nas salas de aulas regulares, viabilizada pelas políticas públicas de inclusão (Lei n. 7.853/89; BRASIL, 1996), traz consigo a importância de se repensar, sobretudo na formação inicial, os saberes e/ou competências que possibilitem ao professor atender a esse público de modo efetivo. Nesse sentido, a presente pesquisa buscou investigar os saberes docentes emergentes de uma experiência piloto de inclusão de alunos com deficiência visual em duas turmas regulares do curso de extensão de língua inglesa, níveis básicos I e II, oferecidas pelo Programa Departamental de Extensão em Línguas Estrangeiras do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Federal da Paraíba (PRODELE/DLEM/UFPB) no ano de 2013. A fim de alcançarmos o objetivo de nossa pesquisa, utilizamos como suporte teórico literatura na área de inclusão escolar e seus dilemas (BEYER, 2006; DANTAS, 2010; FERREIRA; FERREIRA, 2013), e formação profissional docente (PERRENOUD, 2002; MEDRADO, 2012; TARDIF, 2014). Nosso corpus é constituído por 03 (três) reuniões do coletivo do projeto de Iniciação Científica e 03 (três) entrevistas realizadas com 03 (três) ex-alunas com deficiência visual do curso de extensão em língua inglesa. Através da análise qualitativo-interpretativista dos dados, e a partir de marcas linguísticas presentes nos discursos dos alunos e professores, chegamos à categorização de 04 (quatro) saberes docentes que, se desenvolvidos na formação inicial, poderão possibilitar aos professores uma maior preparação para o ensino a alunos com DV em contextos inclusivos.