Antes do período da pandemia, muito se falava no ensino a distância para o Ensino Superior. Mas, com o período pandêmico e as necessidades de adequação de trabalho para a modalidade remota, suscita-se o debate quanto ao uso desta para a educação básica, para algumas modalidades, como no caso da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Soma-se a essa discussão o processo de fechamento de salas da EJA em inúmeros municípios, sob a justificativa de baixa adesão e/ou reajustes financeiros. Partindo dessa premissa, este artigo tem por objetivo discutir sobre a EAD, pontuando seus conceitos, formas e funcionalidades, abordando assim, a sua importância na efetivação da oferta da EJA nas escolas públicas, por meio de uma pesquisa bibliográfica. A partir da análise que este artigo faz da contribuição do EAD e sua crescente expansão pelos estados brasileiros, é possível concluir que a adesão dos municípios por esta modalidade de ensino para a EJA pode permitir a expansão da oferta bem como a possibilidade de diminuir a evasão dos alunos. Isso porque os alunos da EJA compõem um público, em sua maioria, de trabalhadores com cargas elevadas de jornada de trabalho e que encontram no deslocamento até a escola um obstáculo para a sua permanência. NA esteira da problematização sobre o público-alvo da EJA temos mulheres/mães que, no contraturno do trabalho, precisam se dedicar as demandas familiares (muitas delas ocupam a função de chefes dos lares, sendo as únicas responsáveis pelo cuidado aos filhos) e que podem encontram na modalidade a distância a solução para concluírem o estudo da educação básica. Por isso, este artigo considera importante o aprofundamento dos debates e efetivação da Educação a distância para a consolidação do direito a educação para todas as pessoas, mesmo aquelas que não puderam ter acesso à educação formal na idade apropriada.