A Educação Infantil é a primeira etapa educativa das crianças na qual a linguagem escrita ocupa um lugar marcado por tensões, debates e embates. O trabalho apresenta uma análise documental desenvolvida como parte inicial de uma pesquisa científica com o objetivo de identificar como se presentificam as orientações acerca do trabalho com a linguagem escrita na Educação Infantil nos textos dos documentos das Políticas Curriculares Nacionais para esta etapa educativa. Entre os documentos, identificamos dois que norteiam em caráter mandatório a elaboração de propostas pedagógicas e o desenvolvimento de práticas curriculares nas instituições de Educação Infantil: as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil - DCNEI (BRASIL, 2009) e a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2017). Identificamos, pois, que os processos de aprendizagem das crianças devem oportunizar interações, experiências e práticas culturais com as diversas linguagens, incluindo, a escrita. De modo que respeite o tempo e a singularidade de cada criança. Na experiência com as diversas formas de linguagem, a criança aprende e produz diferentes modos de comunicação e interação. Porém, essas experiências iniciais com a linguagem escrita só podem ser significativas quando possibilitadas em contextos reais, sem obrigatoriedade de sistematização, mas como processo de apropriação inicial. Posto isso, conclui-se que apresenta-se elementos importantes para discussões quanto às práticas atuais, levando em conta o contexto e as necessidades da docência e das crianças como forma de analisar/avaliar/relacionar para melhor proporcionar experiências que articulam e enriquecem o processo de desenvolvimento integral da criança.