Este resumo trata-se de uma revisão bibliográfica e tem como objetivo fazer uma discussão da relação entre a definição de um projeto de educação, em especial para a educação e profissional e tecnológica e, os modelos de desenvolvimento econômico. Compreender como as constantes mudanças das relações econômicas e de trabalho, seja no plano nacional ou internacional, associadas as particularidades do Brasil afetam diretamente a proposição de políticas educacionais e que exigem a cada momento uma nova perspectiva de formação para o trabalho. Concentraremos as discussões entre a aplicação de uma política privatista e produtivista, reforçada na década de 1990 que levou a reorganização da educação profissional, consorciado com organismos internacionais, em atendimento as imposições do neoliberalismo e, a partir dos anos 2000, com a formação de um novo governo que representou dissidências em relação as políticas anteriores. Este artigo chega a conclusão, que a introdução do ensino médio integrado ao ensino técnico de nível médio, foi fruto de intensos debates de contraposição ao projeto existente e se apresenta como uma antítese ao modelo neoliberal, não como proposição final (tese), mas como uma “travessia” que possibilite uma educação integral aos filhos dos trabalhadores e que rompa a dualidade clássica entre o pensar e o fazer, em uma perspectiva de formação omnilateral dos sujeitos.