Este artigo surge como produto da inquietação dos seus autores, professores da rede pública municipal e pesquisadores na área da educação, em compreender o processo de privatização e crescimento nas parcerias de empresas privadas dentro do âmbito da educação pública. Isto posto, o texto disserta acerca da relação entre a difusão massiva do uso da tecnologia em salas de aula de escolas públicas brasileiras, através de contratos e parcerias público privadas com grandes conglomerados, sob o pretexto da motivação dos educandos e facilitador no processo de ensino e aprendizagem; e o processo de privatização da educação pública que redefine o papel da escola e o trabalho docente, observado nas transformações da educação básica atual. Este movimento indica mudanças profundas no oferecimento do serviço educacional, principalmente em função desta proposta educativa “inovadora”, logo, é necessário o exame crítico do assunto para a compreensão da incumbência deste modelo educacional e seu discurso ideológico no contexto de crise política e econômica brasileira atual. Portanto, o objetivo do artigo foi investigar acerca da relação do trabalho e educação na atualidade com este novo modelo escolar, analisando os diversos aspectos do modo de produção capitalista, no qual, através de análises documentais e pesquisa bibliográfica com referências nos campos da sociologia e educação, contendo como base principal a teoria marxista, encontramos justificativas acerca do impacto deste progresso na função social da escola que visa os interesses e as exigências da economia capitalista.