O modelo de ensino tradicional, ancorado na figura do professor como transmissor da informação, ainda é amplamente utilizado na educação. Contudo, a aplicação do lúdico vem apresentando-se como uma importante estratégia, atuando também como ferramenta de transposição didática, que consiste na tradução do conhecimento científico em uma forma simplificada e mais acessível ao ambiente escolar. Sendo assim, este trabalho objetivou estudar o uso de atividades lúdicas como alternativa no processo de ensino-aprendizagem em cursos da área da saúde. Para tal, foi discutido o processo de transposição didática e realizada uma contextualização do lúdico buscando compreender o seu papel na aprendizagem de disciplinas da área da saúde. Além disso, foi desenvolvido um modelo de sistema interativo, proposto por Burgun (2013), caracterizado como puzzle - o qual apresenta um problema e uma solução preestabelecida pelo desenvolvedor. O sistema, no formato de livreto, teve como temática a resposta imunológica frente ao HIV e apresentou uma breve contextualização integrando as disciplinas de microbiologia e imunologia, e os minijogos: labirinto, palavras cruzadas, caça-palavras e sete erros. Nesta pesquisa, foi possível elencar as vantagens e desvantagens do ensino tradicional entre as metodologias lúdicas, evidenciando o seu papel como facilitador da aprendizagem. Foi possível concluir que essa estratégia se apresenta como uma ferramenta auxiliadora do processo de ensino-aprendizagem, a ser utilizada como transposição didática, contribuindo ainda para o rompimento de estruturas cristalizadas de ensino que preconizam o protagonismo docente. Consequentemente, beneficia o ambiente acadêmico e a relação professor-aluno-conhecimento, proporcionando um ensino, onde o aluno participa ativamente do seu processo de aprendizagem. Dessa forma, é possível tomar decisões e desenvolver sua autonomia, resultando na formação de profissionais mais conscientes e preparados.