O presente artigo objetiva analisar o desenvolvimento da oralidade no inglês, e propor estratégias de metodologias sócio-históricas para o trabalho pedagógico, a partir de uma experiência de educação bilíngue, dos anos iniciais do ensino fundamental. Realizamos a coleta de dados em uma instituição de ensino bilíngue (eng/pt) da rede privada de Natal/RN, portanto, esta pesquisa é um estudo de caso (GIL, 2022) em uma turma de primeiro ano do ensino fundamental, na faixa etária dos 6 aos 7 anos, com 12 alunos em sala. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram a observação participante, a análise documentos da instituição escolar, tais como, planejamentos das professoras, atividades e vivências das crianças. Para a compreensão das discussões relacionadas ao bilinguismo na língua inglesa nos debruçamos sobre os conceitos e ideias desenvolvidos por Martins (2007), Megale (2012, 2019), Childs e Bostwick (1998), Donato (1998) e Betiollo (2019). No que se refere ao desenvolvimento da oralidade da criança, concordamos com as proposições de Melo, Marcuschi e Cavalcante (2012), Vygotsky (1991, 1993, 1988) e Vygotsky e Luria (1996). Observamos que as crianças bilíngues, que vem dentro do processo de imersão desde os dois anos de idade, passam por diferentes etapas no desenvolvimento da aprendizagem da língua inglesa, sendo elas: i) não diferencia as duas línguas; ii) uso da língua materna; iii) momento não verbal; iv) diferencia as duas línguas; v) utiliza palavras e frases soltas; vi) formula frases completas no inglês. Concluímos que para acontecer um ensino efetivo devemos utilizar uma abordagem interacionista na qual a criança começa a falar em inglês ao perceber que existe uma intencionalidade para se comunicar em uma segunda língua. Por isso, percebemos a importância de desenvolver novas estratégias contextualizadas com os temas desenvolvidos nos projetos pedagógicos, tais como o trabalho com os gêneros orais, como fórum, debates e apresentações.