Este artigo visa refletir sobre como as pesquisas em Educação com Histórias de Vida têm recorrido às bases teórico-metodológicas da abordagem (auto)biográfica, buscando estabelecer e fortalecer diálogos com objetos de estudos de doutoramento das(os) proponentes, atravessados por processos de formação docentes e discentes em contextos educacionais baianos. Os aportes epistemológicos que embasam as discussões versarão pela Pesquisa (Auto)biográfica e das Histórias de Vida. Ademais, também contamos com os estudos feministas e da Teoria Queer, funcionando como dispositivo político, que problematizam as dimensões identitárias binárias compulsórias de gêneros e das sexualidades em dissidência numa perspectiva histórica-antropo-cultural. Metodologicamente, realizamos uma abordagem qualitativa, desenvolvida pelas diretrizes do gênero textual Estado da Arte. Dessa forma, é importante destacar que cada pesquisa, com um manejo singular, entrelaça a Educação, os processos formacionais docentes e os estudos (auto)biográficos. Algumas inquietações permeiam as discussões presentes neste texto: Como as pesquisas em Educação, que orbitam em torno do DPD no ensino superior, assumem a abordagem (auto)biográfica? De que maneira as pesquisas (auto)biográficas na Educação de Jovens e Adultos oportunizam o protagonismo das(os) discentes em dissidência? Como os dispositivos da (auto)biografia são utilizados nas produções acadêmicas em Educação (teses e dissertações), tendo como objeto as narrativas de docentes LGBT+? Principais Resultados obtidos: as pesquisas relacionadas ao DPD no ensino superior trazem timidamente a abordagem autobiográfica; b) as pesquisas (auto)biográficas na EJA promovem o protagonismo docente, com foco para a formação de professores; c) muitos dos dispositivos encontrados nas produções acadêmicas (dissertações e teses) são utilizados de forma equivocada, considerando os aportes teóricos-metodológicos amparados nas abordagens (auto)biográficas e das narrativas de vida. Assim, conclui-se que os estudos na perspectiva (auto)biográficas são promissores na área da Educação, direcionados à formação de professoras(es) e de discentes, permitindo dar visibilidade àquelas(es) que historicamente foram assujeitadas(os) e silenciadas(os) no cenário educativo, político e científico.