TATAGIBA, Laudicéia Leite. . Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/8053>. Acesso em: 27/11/2024 21:08
Um objeto, conforme sinaliza Bakhtin(1997, 2006) não é, em sua essência significativa, um signo. No entanto, as relações que as pessoas estabelecem com estes objetos determinarão seu caráter significativo dentro de uma determinada esfera social. Nesse sentido, este resumo busca apresentar algumas reflexões sobre a pertinência dos cadernos escolares como objetos auxiliares na construção da identidade dos sujeitos como alunos. Os cadernos ‘falam’ sobre os diversos sujeitos que constituem o cotidiano da escola, assim como suas práticas, seus ditos e não-ditos (Bakhtin, 1997), suas estratégias de prescrição e interdição e as escritas ordinárias que “[...]via de regra, permite compreender a escrita daqueles que têm sido excluídos ou silenciados”(Mignot, 2005:9).As reflexões que este artigo apresenta foram resultado da pesquisa de Mestrado realizada de 2011 a 2013, cujo título é “A leitura que se aprende/ensina na escola: o que enunciam os sujeitos sobre o uso de textos em cadernos no 1º ano de escolaridade”. Um dos objetivos desta pesquisa era exatamente compreender como os cadernos escolares poderiam se constituir em fontes importantes para entendermos como os indivíduos que passam pelos bancos escolares podem se constituir em sujeitos que aprendem. Então os cadernos surgem na pesquisa como objetos que carregam as marcas de subjetividade que poderiam me ajudar nesta compreensão, o que se confirmou ao longo e ao final da mesma.