Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PERCEPÇÕES E VIVÊNCIAS DOS PARTICIPANTES DO II ENCONTRO DE APRENDIZAGEM LÚDICA (EAL) DO DISTRITO FEDERAL

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Para isso, foi realizado um estudo bibliográfico, com base em autores como Alves, Feitosa e Soares (2015), Fernandes (2013), Kishimoto (1994), Leal (2007), Luckesi (2000), Sá (2004), entre outros, que pesquisaram e chegaram à conclusão de que a ludicidade está diretamente relacionada a jogos e brincadeiras, que é vista como instrumento de apoio ao trabalho, e também é considerada elemento da prática pedagógica. Para eles, ludicidade implica em acolhimento, reforço para a aprendizagem, ou preenchimento do tempo livre (ou passatempo), é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante e que é preciso uma predisposição interna para incorporar a ludicidade, pois envolve uma mudança afetiva, interna, além da acional, externa. Para fundamentar as ideias que permearam este trabalho, apresentamos um breve panorama da aplicação do lúdico no contexto educacional do DF, realizamos um encontro de atividades lúdica e, a partir deste encontro, foi feita uma pesquisa empírica para coletar as opiniões dos participantes do evento a respeito de algumas questões de ludicidade. Foram pesquisados 46 das 200 pessoas que participaram do evento, uma amostra representativa, selecionada de acordo com as orientações teóricas de Chizotti (1991) para compor o corpo de respondentes. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário de avaliação, composto de perguntas fechadas, com eventuais justificativas, e também, perguntas abertas, aplicado aos participantes. Posteriormente, as respostas livres concernentes às justificativas ou questões abertas foram transcritas, categorizadas e analisadas segundo as ideias de Bardin (1977) em sua análise de conteúdo, para os consequentes resultados e conclusões. Passando à análise, o perfil do participante é de: cinco membros do grupo de pesquisa, correspondendo à organização; quatro monitores e os demais, 36 participantes do evento, ouvintes ou ministrantes. Deste total, 18 atuam na educação básica, 11 são alunos de graduação, sendo sete da instituição promotora do evento; 10 deles são alunos de pós-graduação, três são professores do ensino superior e três têm outra atuação. Os alunos da graduação são representados por cursistas de licenciatura e pedagogos. 22 declararam ter tido ludicidade no ensino básico, 16 no ensino superior, 19 declararam trabalhar com ludicidade cotidianamente e 23 já haviam vivenciado. Outros 26 experimentaram e ludicidade somente na infância, dois apenas neste evento e dois deles em outras situações. Destacamos assim, a força do lúdico na vida do indivíduo em qualquer fase. Profissionalmente, seis declararam não usarem o lúdico, 11 usam há menos de cinco anos, sete deles entre cinco e 10, e 21 trabalha com a ludicidade há mais de 10 anos. No dia a dia, três deles declararam não usar ludicidade; três com crianças, suas ou não; 14, com crianças ou adultos conhecidos; 17 declararam usar a ludicidade com qualquer pessoa e os sete restantes usam em outras situações. Destacamos também, a concepção de alguns que a ludicidade é algo que deva ser levado em consideração apenas na infância, demonstrando a necessidade deste tipo de encontro para desmistificar a visão de muitos e, em especial, dos professores ou estudantes de licenciatura, para a necessidade do lúdico no processo de ensino e de aprendizagem, e de todos os níveis de ensino. A quase totalidade dos participantes - 42 - declarou que em todas as épocas da vida deveríamos vivenciar a ludicidade, principalmente as crianças. Já os adultos deveriam ter momentos específicos - lazer, brincadeiras, happy hour e momentos de folga, como feriados e finais de semana, o que corrobora as opiniões dos autores estudados. Logo depois, seguiu um conjunto de perguntas de natureza técnica sobre a estrutura, atividade, e suporte do evento. De um modo geral, o evento foi avaliado positivamente. Algumas respostas desfavoráveis referiam-se ao tempo das atividades, aos horários incompatíveis com atividades particulares ou trabalho, e alguns ruídos de comunicação quanto aos horários e locais, por isso não consideramos significativas para a análise. Solicitando sugestões para o próximo encontro, destacaram a decoração, a organização do evento e a qualidade dos trabalhos. Quanto aos comentários livres, os desfavoráveis atentaram para evitar repetições de atividades no próximo encontro e os comentários favoráveis nos deixaram bastante motivados a continuar a realização dos encontros. Essa análise permite constatar que um encontro lúdico propicia aos seus participantes, o compartilhamento de experiências e de troca de ideias de atividades adequadas a várias modalidades, incluindo as que atendam crianças e também adultos, analisando, discutindo e propondo alternativas aos participantes para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas capazes de enriquecer o processo de ensino e de aprendizagem destes profissionais e estudantes, com ênfase na ludicidade. Concluímos com esta pesquisa a necessidade de mais eventos como o II Encontro de Aprendizagem Lúdica (EAL), pois foi de encontro à necessidade dos participantes que, em sua maioria, são professores das redes pública ou particular de ensino ou estudantes da licenciatura, declarando-se interessados em vivenciar mais experiências lúdicas, no trabalho e em suas vidas pessoais. Os resultados permitem destacar o aspecto positivo do evento realizado, reforçados pela necessidade de eventos que promovam a formação continuada destes professores, bem como, a formação dos estudantes durante a sua graduação. Pelas solicitações de mais eventos e tempo para realização, percebemos a necessidade de atendermos a demanda de formações que abordem a aprendizagem por meio de metodologias que envolvam o lúdico em todas as áreas do conhecimento. Palavras-chave: ludicidade, aprendizagem, formação de professores, lúdico. Referências ALVES, P. A., FEITOSA, R. C. S., SOARES, M. B.. A ludicidade na prática docente: o que pensam os professores. Disponível em PDF em https://www.ufpe.br/ce/images/Graduacao_pedagogia/pdf/2015.1/a-ludicidade.pdf. Acessado em maio de 2017. BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Martins Fontes, 1977. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez, 1991. FERNANDES, Valdirlene de Jesus Lopes. A ludicidade nas práticas pedagógicas da Educação Infantil. In: Revista Científica Eletrônica de Ciências Sociais Aplicadas da EDUVALE - ISSN 1806-6283, 2013. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. 1a ed. São Paulo: Pioneira, 1994."
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Para isso, foi realizado um estudo bibliográfico, com base em autores como Alves, Feitosa e Soares (2015), Fernandes (2013), Kishimoto (1994), Leal (2007), Luckesi (2000), Sá (2004), entre outros, que pesquisaram e chegaram à conclusão de que a ludicidade está diretamente relacionada a jogos e brincadeiras, que é vista como instrumento de apoio ao trabalho, e também é considerada elemento da prática pedagógica. Para eles, ludicidade implica em acolhimento, reforço para a aprendizagem, ou preenchimento do tempo livre (ou passatempo), é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante e que é preciso uma predisposição interna para incorporar a ludicidade, pois envolve uma mudança afetiva, interna, além da acional, externa. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

PERCEPÇÕES E VIVÊNCIAS DOS PARTICIPANTES DO II ENCONTRO DE APRENDIZAGEM LÚDICA (EAL) DO DISTRITO FEDERAL Josinalva Estacio Menezes[1] Maria Dalvirene Braga[2] Cleia Alves Nogueira [3] Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores Resumo Neste trabalho, apresentamos os resultados de uma pesquisa cujo objetivo geral foi verificar as percepções e vivências de estudantes de graduação e professores, a respeito da importância da ludicidade em contextos acadêmicos e educacionais, a partir do II Encontro de Aprendizagem Lúdica (EAL), promovido por um grupo de pesquisa sobre ludicidade da Universidade de Brasília (UnB), realizado no Distrito Federal (DF), no ano de 2016. Para isso, foi realizado um estudo bibliográfico, com base em autores como Alves, Feitosa e Soares (2015), Fernandes (2013), Kishimoto (1994), Leal (2007), Luckesi (2000), Sá (2004), entre outros, que pesquisaram e chegaram à conclusão de que a ludicidade está diretamente relacionada a jogos e brincadeiras, que é vista como instrumento de apoio ao trabalho, e também é considerada elemento da prática pedagógica. Para eles, ludicidade implica em acolhimento, reforço para a aprendizagem, ou preenchimento do tempo livre (ou passatempo), é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante e que é preciso uma predisposição interna para incorporar a ludicidade, pois envolve uma mudança afetiva, interna, além da acional, externa. Para fundamentar as ideias que permearam este trabalho, apresentamos um breve panorama da aplicação do lúdico no contexto educacional do DF, realizamos um encontro de atividades lúdica e, a partir deste encontro, foi feita uma pesquisa empírica para coletar as opiniões dos participantes do evento a respeito de algumas questões de ludicidade. Foram pesquisados 46 das 200 pessoas que participaram do evento, uma amostra representativa, selecionada de acordo com as orientações teóricas de Chizotti (1991) para compor o corpo de respondentes. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário de avaliação, composto de perguntas fechadas, com eventuais justificativas, e também, perguntas abertas, aplicado aos participantes. Posteriormente, as respostas livres concernentes às justificativas ou questões abertas foram transcritas, categorizadas e analisadas segundo as ideias de Bardin (1977) em sua análise de conteúdo, para os consequentes resultados e conclusões. Passando à análise, o perfil do participante é de: cinco membros do grupo de pesquisa, correspondendo à organização; quatro monitores e os demais, 36 participantes do evento, ouvintes ou ministrantes. Deste total, 18 atuam na educação básica, 11 são alunos de graduação, sendo sete da instituição promotora do evento; 10 deles são alunos de pós-graduação, três são professores do ensino superior e três têm outra atuação. Os alunos da graduação são representados por cursistas de licenciatura e pedagogos. 22 declararam ter tido ludicidade no ensino básico, 16 no ensino superior, 19 declararam trabalhar com ludicidade cotidianamente e 23 já haviam vivenciado. Outros 26 experimentaram e ludicidade somente na infância, dois apenas neste evento e dois deles em outras situações. Destacamos assim, a força do lúdico na vida do indivíduo em qualquer fase. Profissionalmente, seis declararam não usarem o lúdico, 11 usam há menos de cinco anos, sete deles entre cinco e 10, e 21 trabalha com a ludicidade há mais de 10 anos. No dia a dia, três deles declararam não usar ludicidade; três com crianças, suas ou não; 14, com crianças ou adultos conhecidos; 17 declararam usar a ludicidade com qualquer pessoa e os sete restantes usam em outras situações. Destacamos também, a concepção de alguns que a ludicidade é algo que deva ser levado em consideração apenas na infância, demonstrando a necessidade deste tipo de encontro para desmistificar a visão de muitos e, em especial, dos professores ou estudantes de licenciatura, para a necessidade do lúdico no processo de ensino e de aprendizagem, e de todos os níveis de ensino. A quase totalidade dos participantes - 42 - declarou que em todas as épocas da vida deveríamos vivenciar a ludicidade, principalmente as crianças. 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