Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

MAPEAMENTO DAS PRÁTICAS CORPORAIS DE ESTUDANTES: POSSIBILIDADES PARA A ESCRITA DO CURRICULO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA

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Para tanto, partiram das seguintes considerações: desde os anos 1960, movimentos sociais minoritários constituídos por ativistas negros, jovens, mulheres, homossexuais, idosos, imigrantes, migrantes, indígenas entre tantos clamam por direitos sociais e lutam contra os cânones dominantes e a tentativa de imposição cultural; dessas lutas, emergem políticas públicas multilaterais como a Declaração de Salamanca e a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural e, em termos locais, os Estatutos da Criança e do Adolescente, do Idoso, da Juventude; a Lei nº 10.639/2003, que obriga a inclusão no currículo do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena e diversas leis que garantem os direitos dos representantes desses grupos. Se, de um lado, essa demanda gerou o discurso das práticas inclusivas na escola, de outro, na formação inicial de professores essa discussão é quase nula. Pelo seu caráter obrigatório, a escola é caracterizada pelo seu aspecto multicultural, logo por sujeitos que lutam por reconhecimento das suas representações e práticas sociais, que constituem sua identidade cultural. Pensar em reconhecimento implica a possibilidade de compreender modos de ser, agir e pensar que diferem dos padrões comumente valorizados pela escola. Decorre dessa condição a necessidade da escola desenvolver um currículo que priorize a heterogeneidade dos conhecimentos e a diferença. Em face dessa condição, as danças, as lutas, os jogos e seus artefatos, tomados como textos que produzem e comunicam significados, constituem-se em elementos das ações didáticas que serão desenvolvidas junto aos alunos da educação básica, no contexto das aulas de educação física, tendo em vista a constituição de uma sociedade mais igualitária. Mobilizar os estudantes do curso de licenciatura em Educação Física e as docentes da EEI Padre Francisco Silva na organização, execução e avaliação de atividades de ensino que problematizem as significações produzidas sobre as danças, lutas, jogos e seus artefatos no transcorrer da história, tomando como ponto de partida e de chegada o seu potencial para crítica dos processos de normatização, que alijam muitas crianças e culturas do direito à afirmação da diferença, é objetivo do PIBID subprojeto Educação Física da UNICAMP. Para compreender os aspectos que norteiam os currículos da Educação Física no âmbito cultural, conversamos com diversas crianças-estudantes da EMEF Padre Francisco Silva sobre suas práticas corporais, que praticam ou acessam de diversas maneiras, além de uma investigação sobre os locais no ambiente no entorno da escola em que essas atividades possivelmente eram realizadas. Segundo Nunes (2016, p.61), "a escola deve empreender ações que habilitem seus sujeitos a operar no mundo a fim de que compreendam sua história, possam analisá-la e atuar sobre ela de forma crítica e participativa nas tomadas de decisão para o bem comum". Isto é, que seus sujeitos sejam capazes de ler e escrever o mundo todo em sua complexidade. Torna-se necessário que o sujeito da educação conheça a sua própria história e os processos que o amarraram nas identidades que carrega. Com nossas observações, amparadas pelos textos de Massagli (2008) sobre a flânerie e de Santomé (2013) sobre a conexão entre as atividades escolares e extraescolares, pudemos observar o entorno da escola, o que nos propiciou entender como é a rotina e ritmo de vida das pessoas que moram ali, como é a infraestrutura do bairro em geral, dos patrimônios públicos, como os trabalhadores de praça e ambulantes se comportam, como os vizinhos se socializam dentro da garagem de suas casas e nas ruas. Podemos dizer que sua comunidade é unida, que tem orgulho e um sentimento de pertencimento à Vila Castelo Branco. De acordo com Silva (2012, p.96), a Vila Castelo Branco é "um bairro acolhedor, com ar de cidade do interior, que faz com que quem more aqui não queira mudar e quem está fora queira voltar". E as instituições que também colaboram para a socialização e assistência são: Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, PROGEN - Projeto Gente Nova, Casa de Cultura Tainã, Centro Esportivo dos Trabalhadores (Pinicão), Grêmio Recreativo Escola de Samba Rosa de Prata, CAPs - Centro de Atenção Psicossocial, CEECO Toninha - Centro de Convivência e Cooperativa Toninha, Cooperativa de Reciclagem Santo Expedito e as escolas públicas ali presentes. Todas elas movidas ou com forte presença de moradores do bairro. Conhecer as vivências das crianças após o período de aula também contribuiu para entendermos suas realidades e necessidades. A partir dos dados obtidos, foi possível identificar algumas características das brincadeiras praticadas pelas crianças dentre elas variados tipos de pega-pega, pular corda, boneca, bola, jogos eletrônicos entre outros jogos de caráter não-competitivo e competitivo. Também é possível observar que os locais mais utilizados para as brincadeiras são as residências, ONGs e, algumas vezes, a rua. Com relação ao espaço em que ocorrem essas práticas, nota-se que em sua maioria são públicos. As atividades são praticadas por adultos, jovens e crianças nas academias ao ar livre, praças, quadras esportivas e centro esportivo. A escola é um espaço privilegiado dos encontros para brincar. As primeiras experiências adquiridas nessa pesquisa foram diversas e ampliaram o entendimento e compreensão da vida das crianças-estudantes dentro e fora da escola. Assim, o mapeamento das práticas corporais dos estudantes passam a orientar a escrita do currículo da educação física, potencializado pelo trabalho colaborativo entre o professor supervisor e os estudantes participantes do PIBID, a fim de consolidar ações didáticas que possibilitem a aprendizagem de todos, para desenvolver experiências pedagógicas concretas alinhadas aos pressupostos do direito à educação e às diferenças e para encontrar soluções locais frente aos desafios encontrados nas salas de aula, diante da presença de representantes de grupos culturais antes ausentes na educação básica. Palavras-chave: currículo, educação física, escola, diferença Referências MASSAGLI, Sérgio. Homem da multidão e o flâneur no conto "O homem da multidão" de Edgar Allan Poe. Terra roxa e outras terras - Revista de Estudos Literários, v. 12, 2008. NUNES, M. L. F.. Educação Física na área de códigos e linguagens. In: Neira, M. G.; Nunes, M.L.F. (Org.); Educação Física Cultural: escritas sobre a prática. 1ed.Curitiba: RV, 2016, v. 12, p. 51-72. SANTOMÉ, J. T.. As escolas no contexto das sociedades educadoras: a necessidade de estruturas flexíveis e de conexão entre as atividades escolares e extraescolares. In: SANTOMÉ, J. T. Currículo escolar e justiça social: o cavalo de tróia da educação. Porto Alegre, RS. Penso, 2013, cap. 4, p. 316-324. SILVA, Nélia. Nosso bairro tem história. Campinas,SP:Incentivar,2012. "
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Podemos dizer que sua comunidade é unida, que tem orgulho e um sentimento de pertencimento à Vila Castelo Branco. De acordo com Silva (2012, p.96), a Vila Castelo Branco é "um bairro acolhedor, com ar de cidade do interior, que faz com que quem more aqui não queira mudar e quem está fora queira voltar". E as instituições que também colaboram para a socialização e assistência são: Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, PROGEN - Projeto Gente Nova, Casa de Cultura Tainã, Centro Esportivo dos Trabalhadores (Pinicão), Grêmio Recreativo Escola de Samba Rosa de Prata, CAPs - Centro de Atenção Psicossocial, CEECO Toninha - Centro de Convivência e Cooperativa Toninha, Cooperativa de Reciclagem Santo Expedito e as escolas públicas ali presentes. Todas elas movidas ou com forte presença de moradores do bairro. Conhecer as vivências das crianças após o período de aula também contribuiu para entendermos suas realidades e necessidades. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O presente texto busca apresentar o processo de escrita do currículo de educação física para a EEI Padre Francisco Silva (Rede Municipal de Campinas-SP) priorizando a heterogeneidade dos conhecimentos e as diferenças. Para isso, os participantes do Projeto PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) - Subprojeto Educação Física 2018 da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) tomaram como referência o mapeamento das práticas corporais das crianças-estudantes. Para tanto, partiram das seguintes considerações: desde os anos 1960, movimentos sociais minoritários constituídos por ativistas negros, jovens, mulheres, homossexuais, idosos, imigrantes, migrantes, indígenas entre tantos clamam por direitos sociais e lutam contra os cânones dominantes e a tentativa de imposição cultural; dessas lutas, emergem políticas públicas multilaterais como a Declaração de Salamanca e a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural e, em termos locais, os Estatutos da Criança e do Adolescente, do Idoso, da Juventude; a Lei nº 10.639/2003, que obriga a inclusão no currículo do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena e diversas leis que garantem os direitos dos representantes desses grupos. Se, de um lado, essa demanda gerou o discurso das práticas inclusivas na escola, de outro, na formação inicial de professores essa discussão é quase nula. Pelo seu caráter obrigatório, a escola é caracterizada pelo seu aspecto multicultural, logo por sujeitos que lutam por reconhecimento das suas representações e práticas sociais, que constituem sua identidade cultural. Pensar em reconhecimento implica a possibilidade de compreender modos de ser, agir e pensar que diferem dos padrões comumente valorizados pela escola. Decorre dessa condição a necessidade da escola desenvolver um currículo que priorize a heterogeneidade dos conhecimentos e a diferença. Em face dessa condição, as danças, as lutas, os jogos e seus artefatos, tomados como textos que produzem e comunicam significados, constituem-se em elementos das ações didáticas que serão desenvolvidas junto aos alunos da educação básica, no contexto das aulas de educação física, tendo em vista a constituição de uma sociedade mais igualitária. Mobilizar os estudantes do curso de licenciatura em Educação Física e as docentes da EEI Padre Francisco Silva na organização, execução e avaliação de atividades de ensino que problematizem as significações produzidas sobre as danças, lutas, jogos e seus artefatos no transcorrer da história, tomando como ponto de partida e de chegada o seu potencial para crítica dos processos de normatização, que alijam muitas crianças e culturas do direito à afirmação da diferença, é objetivo do PIBID subprojeto Educação Física da UNICAMP. Para compreender os aspectos que norteiam os currículos da Educação Física no âmbito cultural, conversamos com diversas crianças-estudantes da EMEF Padre Francisco Silva sobre suas práticas corporais, que praticam ou acessam de diversas maneiras, além de uma investigação sobre os locais no ambiente no entorno da escola em que essas atividades possivelmente eram realizadas. Segundo Nunes (2016, p.61), "a escola deve empreender ações que habilitem seus sujeitos a operar no mundo a fim de que compreendam sua história, possam analisá-la e atuar sobre ela de forma crítica e participativa nas tomadas de decisão para o bem comum". Isto é, que seus sujeitos sejam capazes de ler e escrever o mundo todo em sua complexidade. Torna-se necessário que o sujeito da educação conheça a sua própria história e os processos que o amarraram nas identidades que carrega. Com nossas observações, amparadas pelos textos de Massagli (2008) sobre a flânerie e de Santomé (2013) sobre a conexão entre as atividades escolares e extraescolares, pudemos observar o entorno da escola, o que nos propiciou entender como é a rotina e ritmo de vida das pessoas que moram ali, como é a infraestrutura do bairro em geral, dos patrimônios públicos, como os trabalhadores de praça e ambulantes se comportam, como os vizinhos se socializam dentro da garagem de suas casas e nas ruas. 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