Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARTES VISUAIS: QUE SABERES DOCENTES ESTÃO EM JOGO?

"2018-12-03 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 52168
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2459
    "inscrito_id" => 479268
    "titulo" => "FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARTES VISUAIS: QUE SABERES DOCENTES ESTÃO EM JOGO?"
    "resumo" => "O texto apresenta uma parte da revisão de literatura da pesquisa intitulada Capital Cultural e Docência em Artes Visuais submetida ao edital 03/2018 PIBIC/Univasf. A pesquisa que está em curso tem como tema central os saberes que compõem a docência em Artes Visuais buscando analisar por meio de uma pesquisa qualitativa em que consiste estes saberes uma vez que a maioria que leciona a disciplina na região do semiárido nordestino não possui formação especializada e apresentam baixo volume de capital cultural (GONDIM, 2016). Assim, analisar a docência em Artes Visuais no contexto da educação do semiárido nos provoca a questionar: Como se constitui os saberes docentes desses professores? Que conhecimentos eles priorizam na atuação docente? Que habilidades pessoais, técnicas, teóricas são potencializadas ou não, na docência em Arte? Que práticas pedagógicas são valorizadas, reconhecidas como sendo de Arte? Outro ponto que cabe ser discutido, é a disposição estética desses profissionais, como componente de seu capital cultural que permite reconhecer esteticamente os objetos e atribuir a arte seu estatuto epistemológico. Ainda segundo Gondim (2016), ao analisar os professores que lecionam Artes nas cidades de Petrolina/PE e Juazeiro/BA, observou que o ensino de Arte é baseado no reconhecimento sem o conhecimento de Arte pois devido à ausência de formação especializada não tiveram a chance de aprender "os códigos que compõem o campo artístico e acabam promovendo a manutenção de modelos canônicos". No entanto, a autora constatou também que àqueles professores cujo engajamento nas produções ou nas políticas culturais dessas cidades se faz efetivo, há um diferencial na organização e apropriação dos saberes docentes. Vale ressaltar que o tema da docência em Arte, especificamente, em Artes Visuais na Educação Básica, vem mobilizando diversas pesquisas sobre formação e concepções de ensino (BARBOSA, 2009), identidade profissional (COUTINHO, 2002; HERNANDEZ e OLIVEIRA, 2016) e saberes docentes (TARDIF, 2002; PIMENTA, 2002). Contudo, nessas pesquisas ou em outras da área não verificamos a análise da relação entre o capital cultural (BOURDIEU, 2007) e à docência em Artes Visuais. Diante desse cenário, a investigação sobre a relação entre capital cultural e docência em Artes Visuais toma como referência teórica, os conceitos bourdieusianos de capital cultural e disposição estética, o entendimento de Tardif (2002); Pimenta (2002) sobre saberes docentes e Pimentel (2014) sobre docência em Artes Visuais. No que tange a docência, as pesquisas demonstram segundo Neto e Costa (2016), que o ato de ensinar é formado por um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que servem de alicerce à prática docente, sendo estes os saberes da ação pedagógica como coloca Tardif (2002). Para estes autores, os saberes docentes englobam noções que se conectam com a capacidade de entender e perceber, com a prática pedagógica e com a própria bagagem do professor, não, somente, a sua experiência associada a profissão, mas também, a sua vivência como pessoa. Neste aspecto, estudar a vivência como pessoa a partir da formação e da composição de seu capital cultural pra nós é o ponto crucial da nossa problemática. Especificamente, em relação à docência em Artes Visuais de acordo com Pimentel (2014), o conhecimento da teoria pode contribuir muito para a abertura de novos caminhos e possibilidades, já que é cada vez mais crescente o entendimento de que, para ensinar Arte, não basta somente ter habilidade, mas também conhecer e saber Arte; conhecer e saber ensinar/aprender Arte. Entretanto, ressaltamos que num país em que as desigualdades culturais são retroalimentadas pelas desigualdades sociais, estudar os conhecimentos e competências inerentes ao trabalho docente sem problematizar essas desigualdades é escamotear sua existência e seu impacto na formação deste professor. Em se tratando do professor de Arte, esta situação ganha contornos muito graves em virtude de que a relação com os saberes docentes é permeada por uma complexidade social repleta de conflitos que expõe, no caso brasileiro, a luta de classe que historicamente tratou a arte como elemento distintivo nas "práticas de consumo cultural" (BOURDIEU, 2007). Diante da problemática apresentada nosso intuito por meio da pesquisa é identificar e analisar que saberes docentes compõem a prática pedagógica dos professores que lecionam Arte no Ensino Fundamental II no munícipio de Petrolina/PE. Acreditamos que os conceitos de Pierre Bourdieu (2007) pode nos auxiliar a compreender como a docência em Artes Visuais está submetida ao volume global de capital acumulado, considerando a disposição estética como uma provável competência para pensar à docência em Artes Visuais. Para tanto, iremos utilizar como instrumentos entrevistas semi-estruturadas (BAUER e GASKELL, 2002; POUPART, 2012) que serão gravadas (GIL, 1999), e transcrita na íntegra juntamente com as anotações de um diário de campo (CHIZZOTI, 2006). Os dados obtidos serão submetidos a Análise de Conteúdo (AC) segundo Bardin (1988). No momento, estamos aguardamos a aprovação do Comitê de ética para dar prosseguimento a pesquisa. Neste sentido, este texto a função de apresentar e discutir os aportes teóricos que subsidiarão análise dos dados tendo como pressuposto que o saber docente que prevalece na atuação do professor que leciona Arte é o saber da experiência no seu aspecto instrumental e mecanicista em detrimento dos demais saberes como o do conhecimento e do pedagógico. Sendo assim, acreditamos que por meio das análises poderemos contribuir para compreensão dos entraves da formação inicial e continuada do professor de Artes Visuais e ampliar o debate sobre o ensino de Artes em nosso país. Palavras-chave: Formação, Saberes Docentes, Capital Cultural, Artes Visuais. Referências BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70 Ltda, 1988. BOURDIEU, P. A distinção. Crítica social do julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2007. COUTINHO. A formação de professores de arte. In: BARBOSA, (org). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. GONDIM, J. P., Formação, concepções estéticas e práticas de consumo cultural dos professores que lecionam Arte em escolas públicas de Juazeiro/BA e Petrolina/PE. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. PPGS/UFPE, Recife, 2016. HERNÁNDEZ, F. OLIVEIRA, M. O., A Formação do Professor e o Ensino das Artes Visuais. Fundação de Apoio a Tecnologia e Ciencia - Editora UFSM, 16 de set de 2016. NETO, Viana Patrício Barbosa; COSTA, Maria da Conceição. Saberes docentes: entre concepções e categorizações. In: Tópicos Educacionais. Recife, n.2, jul/dez. 2016. pp 76-99 PIMENTA, Selma Garrido (Org). Saberes pedagógicos e atividade docente. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Ensino/Aprendizagem de Arte e sua pesquisa. In Rocha Maurilio Andrade e Medeiros Afonso. Fronteiras e Alteridade: olhares sobre as artes na contemporaneidade. Bélem-PA: Programa de Pós-Graduação em Artes da UFPA, 2014. POUPART, J. et al. A entrevista de tipo qualitativo: considerações epistemológicas, teóricas e metodológicas. In: NASSER, Ana Cristina (tradução). A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Vários autores. Tradução. 3ª. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. (Coleção Sociologia). TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. "
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:45"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:21:16"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "JANEDALVA PONTES GONDIM"
    "autor_nome_curto" => "JANEDALVA"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 52168
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2459
    "inscrito_id" => 479268
    "titulo" => "FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARTES VISUAIS: QUE SABERES DOCENTES ESTÃO EM JOGO?"
    "resumo" => "O texto apresenta uma parte da revisão de literatura da pesquisa intitulada Capital Cultural e Docência em Artes Visuais submetida ao edital 03/2018 PIBIC/Univasf. A pesquisa que está em curso tem como tema central os saberes que compõem a docência em Artes Visuais buscando analisar por meio de uma pesquisa qualitativa em que consiste estes saberes uma vez que a maioria que leciona a disciplina na região do semiárido nordestino não possui formação especializada e apresentam baixo volume de capital cultural (GONDIM, 2016). Assim, analisar a docência em Artes Visuais no contexto da educação do semiárido nos provoca a questionar: Como se constitui os saberes docentes desses professores? Que conhecimentos eles priorizam na atuação docente? Que habilidades pessoais, técnicas, teóricas são potencializadas ou não, na docência em Arte? Que práticas pedagógicas são valorizadas, reconhecidas como sendo de Arte? Outro ponto que cabe ser discutido, é a disposição estética desses profissionais, como componente de seu capital cultural que permite reconhecer esteticamente os objetos e atribuir a arte seu estatuto epistemológico. Ainda segundo Gondim (2016), ao analisar os professores que lecionam Artes nas cidades de Petrolina/PE e Juazeiro/BA, observou que o ensino de Arte é baseado no reconhecimento sem o conhecimento de Arte pois devido à ausência de formação especializada não tiveram a chance de aprender "os códigos que compõem o campo artístico e acabam promovendo a manutenção de modelos canônicos". No entanto, a autora constatou também que àqueles professores cujo engajamento nas produções ou nas políticas culturais dessas cidades se faz efetivo, há um diferencial na organização e apropriação dos saberes docentes. Vale ressaltar que o tema da docência em Arte, especificamente, em Artes Visuais na Educação Básica, vem mobilizando diversas pesquisas sobre formação e concepções de ensino (BARBOSA, 2009), identidade profissional (COUTINHO, 2002; HERNANDEZ e OLIVEIRA, 2016) e saberes docentes (TARDIF, 2002; PIMENTA, 2002). Contudo, nessas pesquisas ou em outras da área não verificamos a análise da relação entre o capital cultural (BOURDIEU, 2007) e à docência em Artes Visuais. Diante desse cenário, a investigação sobre a relação entre capital cultural e docência em Artes Visuais toma como referência teórica, os conceitos bourdieusianos de capital cultural e disposição estética, o entendimento de Tardif (2002); Pimenta (2002) sobre saberes docentes e Pimentel (2014) sobre docência em Artes Visuais. No que tange a docência, as pesquisas demonstram segundo Neto e Costa (2016), que o ato de ensinar é formado por um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que servem de alicerce à prática docente, sendo estes os saberes da ação pedagógica como coloca Tardif (2002). Para estes autores, os saberes docentes englobam noções que se conectam com a capacidade de entender e perceber, com a prática pedagógica e com a própria bagagem do professor, não, somente, a sua experiência associada a profissão, mas também, a sua vivência como pessoa. Neste aspecto, estudar a vivência como pessoa a partir da formação e da composição de seu capital cultural pra nós é o ponto crucial da nossa problemática. Especificamente, em relação à docência em Artes Visuais de acordo com Pimentel (2014), o conhecimento da teoria pode contribuir muito para a abertura de novos caminhos e possibilidades, já que é cada vez mais crescente o entendimento de que, para ensinar Arte, não basta somente ter habilidade, mas também conhecer e saber Arte; conhecer e saber ensinar/aprender Arte. Entretanto, ressaltamos que num país em que as desigualdades culturais são retroalimentadas pelas desigualdades sociais, estudar os conhecimentos e competências inerentes ao trabalho docente sem problematizar essas desigualdades é escamotear sua existência e seu impacto na formação deste professor. Em se tratando do professor de Arte, esta situação ganha contornos muito graves em virtude de que a relação com os saberes docentes é permeada por uma complexidade social repleta de conflitos que expõe, no caso brasileiro, a luta de classe que historicamente tratou a arte como elemento distintivo nas "práticas de consumo cultural" (BOURDIEU, 2007). Diante da problemática apresentada nosso intuito por meio da pesquisa é identificar e analisar que saberes docentes compõem a prática pedagógica dos professores que lecionam Arte no Ensino Fundamental II no munícipio de Petrolina/PE. Acreditamos que os conceitos de Pierre Bourdieu (2007) pode nos auxiliar a compreender como a docência em Artes Visuais está submetida ao volume global de capital acumulado, considerando a disposição estética como uma provável competência para pensar à docência em Artes Visuais. Para tanto, iremos utilizar como instrumentos entrevistas semi-estruturadas (BAUER e GASKELL, 2002; POUPART, 2012) que serão gravadas (GIL, 1999), e transcrita na íntegra juntamente com as anotações de um diário de campo (CHIZZOTI, 2006). Os dados obtidos serão submetidos a Análise de Conteúdo (AC) segundo Bardin (1988). No momento, estamos aguardamos a aprovação do Comitê de ética para dar prosseguimento a pesquisa. Neste sentido, este texto a função de apresentar e discutir os aportes teóricos que subsidiarão análise dos dados tendo como pressuposto que o saber docente que prevalece na atuação do professor que leciona Arte é o saber da experiência no seu aspecto instrumental e mecanicista em detrimento dos demais saberes como o do conhecimento e do pedagógico. Sendo assim, acreditamos que por meio das análises poderemos contribuir para compreensão dos entraves da formação inicial e continuada do professor de Artes Visuais e ampliar o debate sobre o ensino de Artes em nosso país. Palavras-chave: Formação, Saberes Docentes, Capital Cultural, Artes Visuais. Referências BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70 Ltda, 1988. BOURDIEU, P. A distinção. Crítica social do julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2007. COUTINHO. A formação de professores de arte. In: BARBOSA, (org). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. GONDIM, J. P., Formação, concepções estéticas e práticas de consumo cultural dos professores que lecionam Arte em escolas públicas de Juazeiro/BA e Petrolina/PE. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. PPGS/UFPE, Recife, 2016. HERNÁNDEZ, F. OLIVEIRA, M. O., A Formação do Professor e o Ensino das Artes Visuais. Fundação de Apoio a Tecnologia e Ciencia - Editora UFSM, 16 de set de 2016. NETO, Viana Patrício Barbosa; COSTA, Maria da Conceição. Saberes docentes: entre concepções e categorizações. In: Tópicos Educacionais. Recife, n.2, jul/dez. 2016. pp 76-99 PIMENTA, Selma Garrido (Org). Saberes pedagógicos e atividade docente. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Ensino/Aprendizagem de Arte e sua pesquisa. In Rocha Maurilio Andrade e Medeiros Afonso. Fronteiras e Alteridade: olhares sobre as artes na contemporaneidade. Bélem-PA: Programa de Pós-Graduação em Artes da UFPA, 2014. POUPART, J. et al. A entrevista de tipo qualitativo: considerações epistemológicas, teóricas e metodológicas. In: NASSER, Ana Cristina (tradução). A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Vários autores. Tradução. 3ª. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. (Coleção Sociologia). TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. "
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:45"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:21:16"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "JANEDALVA PONTES GONDIM"
    "autor_nome_curto" => "JANEDALVA"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O texto apresenta uma parte da revisão de literatura da pesquisa intitulada Capital Cultural e Docência em Artes Visuais submetida ao edital 03/2018 PIBIC/Univasf. A pesquisa que está em curso tem como tema central os saberes que compõem a docência em Artes Visuais buscando analisar por meio de uma pesquisa qualitativa em que consiste estes saberes uma vez que a maioria que leciona a disciplina na região do semiárido nordestino não possui formação especializada e apresentam baixo volume de capital cultural (GONDIM, 2016). Assim, analisar a docência em Artes Visuais no contexto da educação do semiárido nos provoca a questionar: Como se constitui os saberes docentes desses professores? Que conhecimentos eles priorizam na atuação docente? Que habilidades pessoais, técnicas, teóricas são potencializadas ou não, na docência em Arte? Que práticas pedagógicas são valorizadas, reconhecidas como sendo de Arte? Outro ponto que cabe ser discutido, é a disposição estética desses profissionais, como componente de seu capital cultural que permite reconhecer esteticamente os objetos e atribuir a arte seu estatuto epistemológico. Ainda segundo Gondim (2016), ao analisar os professores que lecionam Artes nas cidades de Petrolina/PE e Juazeiro/BA, observou que o ensino de Arte é baseado no reconhecimento sem o conhecimento de Arte pois devido à ausência de formação especializada não tiveram a chance de aprender "os códigos que compõem o campo artístico e acabam promovendo a manutenção de modelos canônicos". No entanto, a autora constatou também que àqueles professores cujo engajamento nas produções ou nas políticas culturais dessas cidades se faz efetivo, há um diferencial na organização e apropriação dos saberes docentes. Vale ressaltar que o tema da docência em Arte, especificamente, em Artes Visuais na Educação Básica, vem mobilizando diversas pesquisas sobre formação e concepções de ensino (BARBOSA, 2009), identidade profissional (COUTINHO, 2002; HERNANDEZ e OLIVEIRA, 2016) e saberes docentes (TARDIF, 2002; PIMENTA, 2002). Contudo, nessas pesquisas ou em outras da área não verificamos a análise da relação entre o capital cultural (BOURDIEU, 2007) e à docência em Artes Visuais. Diante desse cenário, a investigação sobre a relação entre capital cultural e docência em Artes Visuais toma como referência teórica, os conceitos bourdieusianos de capital cultural e disposição estética, o entendimento de Tardif (2002); Pimenta (2002) sobre saberes docentes e Pimentel (2014) sobre docência em Artes Visuais. No que tange a docência, as pesquisas demonstram segundo Neto e Costa (2016), que o ato de ensinar é formado por um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades que servem de alicerce à prática docente, sendo estes os saberes da ação pedagógica como coloca Tardif (2002). Para estes autores, os saberes docentes englobam noções que se conectam com a capacidade de entender e perceber, com a prática pedagógica e com a própria bagagem do professor, não, somente, a sua experiência associada a profissão, mas também, a sua vivência como pessoa. Neste aspecto, estudar a vivência como pessoa a partir da formação e da composição de seu capital cultural pra nós é o ponto crucial da nossa problemática. Especificamente, em relação à docência em Artes Visuais de acordo com Pimentel (2014), o conhecimento da teoria pode contribuir muito para a abertura de novos caminhos e possibilidades, já que é cada vez mais crescente o entendimento de que, para ensinar Arte, não basta somente ter habilidade, mas também conhecer e saber Arte; conhecer e saber ensinar/aprender Arte. Entretanto, ressaltamos que num país em que as desigualdades culturais são retroalimentadas pelas desigualdades sociais, estudar os conhecimentos e competências inerentes ao trabalho docente sem problematizar essas desigualdades é escamotear sua existência e seu impacto na formação deste professor. Em se tratando do professor de Arte, esta situação ganha contornos muito graves em virtude de que a relação com os saberes docentes é permeada por uma complexidade social repleta de conflitos que expõe, no caso brasileiro, a luta de classe que historicamente tratou a arte como elemento distintivo nas "práticas de consumo cultural" (BOURDIEU, 2007). Diante da problemática apresentada nosso intuito por meio da pesquisa é identificar e analisar que saberes docentes compõem a prática pedagógica dos professores que lecionam Arte no Ensino Fundamental II no munícipio de Petrolina/PE. Acreditamos que os conceitos de Pierre Bourdieu (2007) pode nos auxiliar a compreender como a docência em Artes Visuais está submetida ao volume global de capital acumulado, considerando a disposição estética como uma provável competência para pensar à docência em Artes Visuais. Para tanto, iremos utilizar como instrumentos entrevistas semi-estruturadas (BAUER e GASKELL, 2002; POUPART, 2012) que serão gravadas (GIL, 1999), e transcrita na íntegra juntamente com as anotações de um diário de campo (CHIZZOTI, 2006). Os dados obtidos serão submetidos a Análise de Conteúdo (AC) segundo Bardin (1988). No momento, estamos aguardamos a aprovação do Comitê de ética para dar prosseguimento a pesquisa. Neste sentido, este texto a função de apresentar e discutir os aportes teóricos que subsidiarão análise dos dados tendo como pressuposto que o saber docente que prevalece na atuação do professor que leciona Arte é o saber da experiência no seu aspecto instrumental e mecanicista em detrimento dos demais saberes como o do conhecimento e do pedagógico. Sendo assim, acreditamos que por meio das análises poderemos contribuir para compreensão dos entraves da formação inicial e continuada do professor de Artes Visuais e ampliar o debate sobre o ensino de Artes em nosso país. Palavras-chave: Formação, Saberes Docentes, Capital Cultural, Artes Visuais. Referências BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70 Ltda, 1988. BOURDIEU, P. A distinção. Crítica social do julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2007. COUTINHO. A formação de professores de arte. In: BARBOSA, (org). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. GONDIM, J. P., Formação, concepções estéticas e práticas de consumo cultural dos professores que lecionam Arte em escolas públicas de Juazeiro/BA e Petrolina/PE. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. PPGS/UFPE, Recife, 2016. HERNÁNDEZ, F. OLIVEIRA, M. O., A Formação do Professor e o Ensino das Artes Visuais. Fundação de Apoio a Tecnologia e Ciencia - Editora UFSM, 16 de set de 2016. NETO, Viana Patrício Barbosa; COSTA, Maria da Conceição. Saberes docentes: entre concepções e categorizações. In: Tópicos Educacionais. Recife, n.2, jul/dez. 2016. pp 76-99 PIMENTA, Selma Garrido (Org). Saberes pedagógicos e atividade docente. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTEL, Lucia Gouvêa. Ensino/Aprendizagem de Arte e sua pesquisa. In Rocha Maurilio Andrade e Medeiros Afonso. Fronteiras e Alteridade: olhares sobre as artes na contemporaneidade. Bélem-PA: Programa de Pós-Graduação em Artes da UFPA, 2014. POUPART, J. et al. A entrevista de tipo qualitativo: considerações epistemológicas, teóricas e metodológicas. In: NASSER, Ana Cristina (tradução). A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Vários autores. Tradução. 3ª. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. (Coleção Sociologia). TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

Compartilhe:

Visualização do Artigo

Infelizmente, não conseguimos localizar o arquivo para download. Mas não se preocupe, nossa equipe já foi notificada do problema e já estamos trabalhando para a resolução! Tente novamente mais tarde!

Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.