O presente estudo teve como objetivo investigar as representações sociais de professores de escolas públicas sobre o trabalho docente, o papel e suas relações com os processos de exclusão, a partir do estudo das práticas educativas, considerando que o estudo dos papeis permeia a relação entre RS e práticas, particularmente nos estudos cujos objetos de representação são profissões ou práticas profissionais. Tal premissa está alicerçada na realização da pesquisa baseada em dois estudos: o primeiro trata das representações sociais de professores sobre as práticas associadas à representação social do trabalho docente e o que a organização escolar de fato espera dele e valoriza como “práticas” escolares, contando com a participação de professores do município de Caxias/RJ; o segundo sobre a escola inclusiva e as tarefas que fazem parte das práticas desenvolvidas no ambiente escolar, nos municípios de João Pessoa/PB, Juiz de Fora/MG, Barra do Piraí/RJ e Piraí/RJ. Os resultados apontam certa disfunção entre o ideal profissional e o papel institucional, de acordo com as forças de tensão que compõem o exercício diário entre o que se quer fazer e o que se espera deste profissional; além de sugerirem que as práticas estejam “engessadas em acordos” que permeiam a atividade docente e que reforçam processos de exclusão, pois o professor não se sente livre para a construção novas práticas, mas reconhece a importância desta ação.