Investigamos algumas vivências da Educação Emocional que foram realizadas com um grupo de 15 pessoas atendidas na escolaridade da APAE de Campina Grande e que integram um grupo denominado de Autodefensores, com recorte de 3 sujeitos para análise de seus relatos. Esta pesquisa é de natureza reflexiva, caracteriza-se por ser uma pesquisa-ação e é fruto de estudos e pesquisas a partir do curso de formação desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Educação e Emocionalidade (GRUPEE), da Universidade Federal da Paraíba no município de Queimadas-PB, com reflexo na atuação profissional da área de Educação na APAE/CG. Realizamos entrevistas semi-estruturadas com gravação de áudio, observações participantes de sessões e análises do desempenho nas sessões com as Vivências da Educação Emocional Libertadora. Constatamos que esse trabalho com a Educação Emocional é importante pelos impactos positivos na vida das pessoas com deficiência e por despertar o melhor desenvolvimento da linguagem, sociabilidade, falar de si e perceber o outro nesse mesmo processo. Baseado nos relatos apresentados e nas avaliações de cada encontro, vimos que esses fatores possibilitaram mudança quanto à subjetividade, melhor desenvoltura ao falar das emoções e interesse em participar das sessões. Essas mudanças também contribuiram para o empoderamento e a busca em superar as dificuldades em lidar com as emoções, além de ter aumentado a interação social, melhorando a qualidade de vida do grupo pesquisado.