Este trabalho, trata-se de um relato de experiência entre uma professora ouvinte e uma criança surda, inserida em um Centro de Referência a Educação Integral (CREI). A criança, em seus primeiros meses no CREI, atravessou momentos árduos característicos de exclusão, em função de uma inicial dificuldade de comunicação. Esta dificuldade acentuava-se pelo fato da mesma, nos anos iniciais de sua vida, não ter adquirido o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais e de não ser acompanhada por nenhum profissional especializado, que poderia mediar processos facilitadores para o seu desenvolvimento e consequentemente, para incluí-la nos processos educativos aos quais era solicitada. Diante deste cenário, o presente estudo relata os ganhos obtidos por esta criança quando sua professora se dispõe a construir uma relação dialógica, utilizando a linguagem das emoções como ferramenta. Observou-se que além da relação positiva construída entre aluno e professor, esta ferramenta possibilitou ganhos no desenvolvimento social além de ter minimizado algumas situações de exclusão que eram corriqueiramente observadas, dada sua deficiência.