Em sua totalidade, o mundo é heteróclito e em tal grau são os indivíduos que dele fazem parte. Sob essa mesma ótica da heterogeneidade, são constituídas as relações entre esses indivíduos assim como as atividades nas quais estão inseridos. Nesse sentido, em se tratando da atividade educacional, será que a formação dos profissionais que atuam nessa área fornece subsídios para que estes possam vir a contemplar a diversidade de alunos presentes em uma mesma sala de aula, sobretudo, quando esta diversidade compreende alunos com algum tipo de necessidade educacional específica? Inquietos com esta situação, pesquisadores têm direcionado um olhar particular para a relação dialógica entre a formação inicial de professores e as práticas de educação inclusiva, sejam elas de ensino ou aprendizagem (MEDRADO; CELANI, 2017). Nessa perspectiva, nosso trabalho consiste em analisar o vigente PPC do Curso de Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba relacionando-o com o que ainda se encontra em tramitação a fim de verificar se o curso oferece uma formação inicial que prepara os seus discentes para o ensino na perspectiva da educação inclusiva. Para tanto, nos respaldamos em estudos que investigam o processo de formação inicial de professores de línguas (MEDRADO; PÉREZ, 2011) e em documentos e legislação vigentes na área (BRASIL, 1996, 2015). Os resultados obtidos desta análise apontam um novo olhar para a educação a partir da reformulação de um PPC em concordância com o ensino inclusivo.