O presente trabalho traz uma discussão sobre as representações identitárias de uma comunidade surda escolar, que se apresenta invizibilizada socialmente, onde a inclusão social deveria acontecer naturalmente. Diante disso, objetivamos refletir quais processos identitários articulam à cultura surda e influenciam nas aproximações e/ou distanciamentos entre surdos(as) e ouvintes. No que diz respeito aos objetivos específicos, destacamos: discutir a evidência de identidades e diferenças da comunidade surda nas relações constituídas no espaço escolar e identificar que elementos sociais e educacionais contribuem para aproximar/distanciar alunos(as) surdos(as) de ouvintes. Para tanto, fundamentamos esse trabalho com estudiosos da área da inclusão e estudos surdos, a saber: Hall (2006, 2007), Silva (2009), Ferreira e Martins (2007), Skliar (1998), dentre outros. A metodologia adotada, trata-se de um relato de experiência, no qual o lócus da pesquisa é uma Escola Municipal de João Pessoa – PB e os sujeitos são os(as) alunos(as) surdos(as) e ouvintes que se relacionam com eles(as). Escolhemos a abordagem qualitativa para estudar e analisar a comunidade surda presente na escola e o processo de legitimação de sua(s) identidade(s) e diferença(s) em meio a luta pela (re) significação social desse grupo. Os resultados revelaram aspectos significativos que evidenciaram simultaneamente rupturas, resistências, tensões e desafios vividos pelos sujeitos protagonistas desse estudo, capaz de demonstrar a existência de algumas de suas subjetividades. Bem como, a construção de sua(s) identidade(s) que se baseiam num processo de “associação” a um determinado grupo e de “dissociação” com relação a outros.