Este estudo discute a contribuição do Serviço Social para a educação inclusiva, observando
como se manifesta na prática as normativas que determinam a inserção do aluno com deficiência na
escola regular de ensino e os referenciais que pautam a atuação do assistente social nesse processo. A
metodologia utilizada atribuiu o caráter qualitativo ao trabalho, fundamentado na literatura crítica
relacionada ao tema, caracterizando-se metodologicamente a pesquisa como de natureza bibliográfica
e documental e tendo como referência empírica uma das escolas municipais da capital paraibana, por
esta atender um número expressivo de crianças com deficiência. Os resultados evidenciam que, apesar
dos avanços normativos alcançados em função das pessoas com deficiência, desvelou-se um cenário
escolar precarizado, com parcos recursos financeiros e quadro funcional incompleto, bem como se
identificou um quadro socialmente complexo em face da dupla conjugação: deficiência e pobreza e
das parcas medidas sociais voltadas para seu enfrentamento. Em termos conclusivos, apreendeu-se que
as prescrições legais para a educação inclusiva, em muitos aspectos, expressam-se apenas como meras
formalidades, o que coloca para os assistentes sociais e demais profissionais envolvidos enormes
desafios, inclusive no sentido da necessária preparação para o atendimento dessa demanda de cariz
civilizatório.