A escrita deste artigo foi construída a partir da leitura e análise do relatório oficial redigido pelo lente alagoano Thomaz do Bomfim Espindola (1832-1889) que em meados do Império ocupou o cargo de Inspetor Geral de Estudos na província das Alagoas. No relatório de 1866, Bomfim Espindola redigiu as nuances da instrução alagoana que esteve sob a sua direção. Nosso esforço esteve no sentido de a partir do relatório de instrução, conforme os limites de um documento oficial, delinear o quadro da educação escolar alagoana segundo o discurso de Bomfim Espindola, considerando o lugar social que este ocupou, seja, na esfera social, bem como na educacional. Após a análise da fonte constatamos que a questão da formação docente foi um problema corrente durante a gestão do intelectual, reclamando da imperiosa necessidade de se criar na província uma Escola Normal a fim de aplacar a precária formação dos mestres de primeiras letras.