O presente artigo decorre da minha monografia de conclusão de curso tendo continuidade nos estudos para a elaboração de minha dissertação de mestrado. É um estudo sobre como ocorre a produção e reprodução heteronormativa da masculinidade e as questões sociopolíticas que daí derivam. A partir de levantamentos bibliográficos em que utilizou-se como aportes teóricos Foucault (1996), Butler (2003), Louro (1997), Scott (1990), dentre outros, entende-se a masculinidade como construção social discursiva produzida no e pelo processo histórico-político de constituição da sociedade. Parte-se do pressuposto que a heteronormatividade constitui uma referência padrão de identidade de gênero para a masculinidade. Essa discussão é necessária por refletir uma tentativa de desconstrução de visões naturalizadas a respeito das masculinidades e dar visibilidade ao gênero e suas identidades como produção discursiva. Portanto, conclui-se que a masculinidade é parte de uma produção discursiva que tem a heteronormatividade como referência constituída como norma através de um processo de naturalização de configurações sociais.