A ausência de políticas efetivas de ressocialização provocou uma crise no sistema penitenciário brasileiro. Até dezembro de 2014, a população prisional chegava a 584.361 pessoas privadas de liberdade no país; desse número, 44.721 são mulheres. Daí surge uma necessidade urgente de medidas eficazes que alcancem o objetivo da pena e devolva o apenado à sociedade ressocializado, um grande desafio para o governo. Diante disso, verificamos a importância desse estudo para aprofundar discussões existentes em relação ao papel da educação e da escola no sistema prisional, já que estes são elementos indispensáveis na ressocialização da pessoa privada de liberdade. Pretendemos problematizar dados sobre a educação no Sistema Prisional: O que é e como ocorre o processo de ressocialização? Qual a contribuição da educação no processo de ressocialização? Para alcançar o objetivo proposto, utilizamos como metodologia a abordagem qualitativa, que envolve uma análise bibliográfica, a observação não participante, entrevista semiestruturada e pesquisa quantitativa com aplicação de questionário, além de conversas informais com alguns educadores e reeducandas matriculadas na Escola Estadual Irmã Dulce, localizada no interior da Penitenciária Feminina de Abreu e Lima – PFAL, no Estado de Pernambuco. Faremos um breve relato sobre o Sistema Penitenciário no Brasil e em Pernambuco. Após, veremos a influência da educação na ressocialização das pessoas encarceradas, e, por fim, analisaremos dados sobre a mulher e a prisão no sistema penitenciário, na perspectiva das reeducandas da referida escola/penitenciária.