O presente trabalho traz a lume as contribuições do economista estadunidense James Joseph Heckman, com o que ficou conhecido sumariamente como a Curva de Heckman, a qual evidencia os investimentos feitos por meio de políticas públicas em crianças pequenas desfavorecidas, como forma de promoção da justiça social e, ao mesmo tempo, aumento da produtividade na economia e na sociedade em geral. O trabalho recorre ao comportamento dos investimentos do governo brasileiro com educação nos últimos anos, em portais da transparência e outros órgãos. E também observa os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), usando recursos econométricos, na tentativa de captar correlação entre essas duas variáveis. Logo, alinha-se a base teórica com a forma em que o governo brasileiro aloca seus recursos ao longo das categorias etárias e níveis de escolaridade, de modo a traçar um panorama através dessas observações com um possível apontamento para o fracasso da educação brasileira, como apontou o último exame do PISA. E por último recorre ao Pano Nacional de Educação (PNE), documento em vigor no período 2014-2024, discutindo as 20 metas do referido Plano, numa perspectiva do presente para o futuro, de acordo com as observações explicitadas na Curva de Heckman, sobre alocação de recursos na educação e retorno em capital humano para a sociedade.