No Brasil, o envelhecimento da população ocorre de forma rápida e abrupta, o que reflete no aumento da expectativa de vida, em uma melhor qualidade de vida e na necessidade de maiores investimentos na área da saúde. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, instituída pela Portaria no 2.528, de outubro de 2006, estabelece que as práticas de cuidado dos idosos exijam uma abordagem interdisciplinar, levando em consideração a grande interação entre os fatores físicos, psicológicos e sociais que influenciam sua saúde, além da importância do ambiente em que estão inseridos. As intervenções precisam ser realizadas e orientadas com vista à promoção da autonomia e independência da pessoa idosa, estimulando-a quando possível para o autocuidado. Destacando-se a Enfermagem para essa assistência, objetivamos descrever as ações de acadêmicos de Enfermagem numa Instituição de Longa Permanência (ILPI). Desenvolvemos um estudo observacional através da Atividade Prática da Disciplina de Atenção Integral a Saúde II da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no mês de Abril de 2013, numa ILPI da cidade de Natal-RN. Identificou-se nas atividades práticas da disciplina um acolhimento mais humano e carinhoso para com os acadêmicos por parte dos idosos, tendo em vista que estes oferecem atenção ao idoso pela conversa, passeio dentro da própria instituição, brincadeiras, atividades educativas integradas à atividade física, encontros com músicas da sua época e/ou religiosas que sejam do seu agrado, além de atividades, como por exemplo, a troca de curativos. Estudos comprovam que a melhoria da qualidade de vida dos idosos institucionalizados podem ser mediada a partir da aproximação com sua história contribuindo para o processo de (re)organização na vida do idoso. Alguns autores destacam que as ILPI’s devem ter planejamentos para atividades que proporcionem ocupação desses idosos ressaltando que a velhice se diferencia da fase adulta pela disponibilidade de tempo livre e que, quando não preenchidos adequadamente, pode culminar no isolamento social, apatia, perda progressiva de identidade e baixa autoestima. Nesse sentido, os cuidados neste ambiente devem priorizar o desenvolvimento de ações que visem ao bem-estar dos idosos com atividades que promovam qualidade para o tempo livre dos idosos, e não somente sua ocupação, de modo que floresçam entre eles sentimentos de prazer, amizade, felicidade, amor e alegria percebidos quando realizadas as atividades com os acadêmicos de Enfermagem. Contudo, enfatizamos a importância da Atividade Prática para a formação do profissional durante a graduação para a construção do saber para uma assistência mais humanizada e holística na atenção ao idoso.