INTRODUÇÃO: Atualmente, nos deparamos com uma ampla utilização de medicamentos psicoativos pela população idosa, principalmente antidepressivos, sedativos e hipnóticos. O surgimento das doenças neurodegenerativas (Parkinson ou doença de Alzheimer) e transtornos afetivos (ansiedade, depressão) causam uma alta prevalência de problemas de saúde mental, o que leva ao aumento do uso de drogas psicoativas. Os psicotrópicos são substâncias químicas que atuam sobre a função psicológica e alteram o estado mental. Estão incluídos nessa definição medicamentos com ações antidepressiva (antidepressivos), alucinógena (alucinógenos) e/ou tranquilizante (ansiolíticos e antipsicóticos). Estudos mostram que os idosos são grandes consumidores de psicotrópicos e são mais vulneráveis a reações adversas e interações medicamentosas devido às alterações fisiológicas e patológicas. OBJETIVOS: Identificar os psicotrópicos mais utilizados pela população idosa e caracterizar os idosos usuários de psicotrópicos quanto ao sexosegundo as referências contidas nas bases de dados estudadas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa. A busca dos artigos ocorreu no período de março a abril de 2013, nas bases de dados LILACS e SCIELO. RESULTADOS: Dos 18 artigos encontrados, apenas 07 foram selecionados por atenderem o critério de refinamento, foi percebido na análise dos textos que dentre os psicotrópicos mais comumente utilizados na população idosa, são antidepressivos e benzodiazepínicos os mais usuais, como também foi visto que o número de medicamentos de uso contínuo consumidos pelas mulheres foi superior ao dos homens. Outro ponto visto foi a polifarmácia e a carência de acompanhamento farmacoterapêutico, com isso pode aumentar a incidência de problemas relacionados a medicamentos como interações medicamentosas, prática de automedicação, e surgimento de reações adversas a medicamentos. CONCLUSÃO: De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que a maioria dos idosos estudados apresenta o consumo de vários medicamentos e a existência de várias doenças concomitantes podendo contribuir para um pior estado de saúde mental, levando o idoso a ser medicado com psicotrópicos que ajudem a melhorar os aspectos psicológicos e comportamentais. Dessa forma, cabe ao profissional de enfermagem educar, cuidar e orientar, os idosos, familiares e cuidadores buscando alcançar o atendimento integral na atenção à saúde da pessoa idosa, na perspectiva de reduzir o consumo de tal medicamento.