De acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente, os impactos ambientais gerados pela construção de estações de tratamento de efluentes (ETE) constituem um potencial risco à contaminação das águas superficiais e subterrâneas, tornando vital o emprego de técnicas de investigação do substrato rochoso local, a caracterização do aquífero e sua vulnerabilidade diante da infiltração de uma substância contaminante. Foi realizada uma campanha de sondagem a trado totalizando 3 furos, limitados pela camada impenetrante em média a 22m de material insaturado ou ao nível freático, identificado na área a 16m de profundidade, o que aliado à descrição litológica dos furos como um material arenoargiloso bastante compactado correlato ao Grupo Barreiras, indica um elemento de semiconfinamento local dado por esta camada. À partir da utilização do método GOD para vulnerabilidade de aquíferos, foi possível atribuir um baixo risco de contaminação por efluentes que eventualmente infiltrem no solo, pois a compactação do substrato sedimentar retarda a velocidade de infiltração. Com a locação de 12 furos e instalação de piezômetros distribuídos à jusante e montante do local pretendido para instalação da ETE, amostragem e análise das águas subterrâneas e superficiais bem como a confecção do mapa de fluxo subterrâneo, será possível um completo diagnóstico da vulnerabilidade para toda a área de influência do empreendimento, fornecendo ao poder público municipal uma ferramenta de gestão de recursos hídricos à partir do monitoramento e fiscalização da qualidade das águas, além de uso e ocupação do solo.