A mineração e beneficiamento de minerais de manganês (Mn) são atividades que podem resultar na geração de grandes quantidades de rejeitos e sérios impactos ambientais. Diversas estratégias têm sido empregadas para remediação de áreas com concentrações elevadas de Mn, no entanto, muitas delas implicam em altos investimentos e elevado risco de poluição secundária. A fitoestabilização baseia-se na imobilização do metal contaminante no solo através da absorção e acumulação no interior ou exterior da raiz. O objetivo desse estudo foi avaliar o potencial fitoestabilizador da espécie Mimosa caesalpiniaefolia Benth. em solo proveniente da mineração de Mn sob influência da inoculação com fungos micorrízicos arbusculares (FMA). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (não inoculado (controle), inoculado com Rhizophagus clarus; inoculado com Claroideoglomus etunicatum e inoculado com Rhizophagus clarus + Claroideoglomus etunicatum (Mix)), com quatro repetições. A inoculação com Mix e C. etunicatum apresentou maior eficiência na proteção das plantas contra o excesso de Mn, resultado da maior retenção desse elemento nas raízes e menor translocação para parte aérea. Embora tenha reduzido os teores de Fe e Zn, a inoculação com R. clarus não influenciou no desenvolvimento das plantas e na redução de Mn na parte aérea. A associação dos FMA Mix e C. etunicatum com a espécie Mimosa caesalpiniaefolia Benth. podem potencializar a fitoestabilização de Mn em solos de mineração com elevada concentração desse elemento.