Esse artigo analisa o Estado brasileiro dos anos 2000 e as políticas de Educação Profissional, observando como essas políticas se configuram nesse Estado que se revelou a partir da década de 1930 socialmente avançado no campo trabalhista e previdenciário. Sendo assim, a análise das políticas públicas de Educação Profissional no Brasil aqui realizada, tem como base o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, que assume uma postura histórico-crítica por não ver apenas o que se deriva dos escritos formais e discursos oficiais das políticas públicas executadas pelo Estado. A metodologia utilizada é de natureza bibliográfica que tratam do Estado brasileiro e analisam como ocorreu a formação das políticas sociais. Discutiremos a relação do Estado com as Políticas Sociais para a Educação Profissional, observando suas implicações legais, o financiamento e a ideologia presente nessa relação, em específico, as reflexões políticas acerca da Educação Profissional busca compreender os aspectos ideológicos que estão para além do que é aparente em seus normativos legais. Consideramos que, a contradição do sistema liberal capitalista oferece garantias formais de direitos sociais, mas é incapaz de materializar essas garantias sem ferir sua própria lógica. Isso faz com que seja gerada uma tensão que é minimizada através de políticas sociais mínimas, focalizadas e individualizadas que vão à reversão do processo de conquista da cidadania e organização dos cidadãos para buscarem seus direitos.