Ao longo do processo histórico das pessoas com deficiência, acompanha-se movimentos sociais e educacionais de exclusão, integração e de inclusão, identificamos o professor com o papel como um dos protagonistas para a inclusão dos alunos na sala regular, além de ser mediador no processo de ensino e aprendizagem das crianças com as mais diversas deficiências, dentre elas, alunos com Transtorno do Espectro Autista. O debate sobre a integração e inclusão foi intensificado nas décadas de 70 e 80. O paradigma da integração corresponde à ideia do ingresso do aluno com deficiência na escola regular que não modifica sua estrutura pedagógica para receber esse aluno. A inclusão escolar gera o privilegio das diferenças, a oportunidade de todos conviverem juntas, onde a escola se adapta e organiza sua estrutura física e pedagógica para receber todos os alunos, independente de suas limitações, deficiências e condições intelectuais, culturais e sociais. A pesquisa teve como objeto de estudo as relações de saber, prática e formação do docente para lidar com o aluno autista. Teve como objetivos analisar a formação e a prática de um professor de um aluno autista; conceituar o autismo; contextualizar processo de exclusão e inclusão no Brasil. O procedimento metodológico é de natureza qualitativa, bibliográfico e com uma pesquisa de campo. O estudo teve como aporte teórico-metodológico em: Bezerra (2007), Carvalho (2011), Dourado (2012), Gauthier (1998), Leitão (2008), Leboyer (2002), Magalhães (2002), Martins(2009), Santos (2015), Tardif (2000, 2002). O resultado da pesquisa aponta os saberes de formação e da prática do docente com a criança autista na sala de aula, as dificuldades e a aprendizagem na carreira profissional e a necessidade de uma formação pedagógica com sentidos e significados para o processo de ensino e aprendizagem direcionado aos alunos com deficiência e com transtornos de desenvolvimento.