LEITE, José Márcio Nerone. O teatro como formação de alunos do ensino médio. Anais III CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/21742>. Acesso em: 22/11/2024 15:33
O presente trabalho tem como propósito compreender o teatro como processo educativo e formador humano. Dessa forma, teremos como embasamento teórico de Adorno, Horkheimer e Benjamim como um dos principais teóricos críticos para entender o que é formação, semiformação e observar a relação experiência, e principalmente com o intuito de estabelecer se o teatro contribui no Ensino Médio numa perspectiva crítica enquanto formação cidadã e prática pedagógica ligados a Cultura. Dessa forma, observaremos o teatro como papel importante para a formação social dentro do ambiente escolar. Consequentemente, o teatro contemporâneo será estudado neste contexto de objetivação do indivíduo a partir de conceitos erigidos pela teoria crítica, particularmente pela Escola de Frankfurt. Observando a Emancipação, Formação Cultural, Semiformação e Indústria Cultural. Por essa razão, utilizaremos o Teatro como proposta pedagógica para revelar uma ideologia educacional e subjetiva. Para isso, discutiremos a Indústria Cultural como precursor contemporâneo. Este conceito explicita o fato de toda a cultura ter sido convertida em mercadoria e implica o controle planificado da realidade interior do sujeito, ou seja, ele refere o sistema da cultura de massa contemporânea orientada numa perspectiva industrial, a que as pessoas são permanentemente submetidas onde quer que esteja, de modo que modela a consciência e o inconsciente de todo cidadão. Com a publicação da LDB nº 9394/96, a arte foi reconhecida como área de conhecimento no currículo escolar, possibilitando ao teatro um espaço na escola, como linguagem artística e sugerido o uso dela, nos PCNS (BRASIL, 2000) desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Pensar sobre ensinar o Teatro no ensino médio perpassa por questões complexas que vão desde a construção de um currículo com conteúdos sistematizados, objetivos e claros, até o contexto em que se inere a escola. A cultura escolar juvenil é composta por preocupações com exames nacionais do ensino médio ou vestibulares, a constituição da subjetividade e socialização em grupos.