O debate sobre os traços ou características que definiriam um aprendiz autônomo inclui diferentes aspectos como a habilidade de controlar seu próprio aprendizado, a capacidade de tomar decisões sobre seus objetivos e o desenvolvimento de diferentes meios para a autoavaliação de seu processo de aprendizagem (LEFFA, 2003; PAIVA, 2005; DICKINSON, 1995). Além disso, esse debate inclui também o que, por outro lado, não deve ser visto como autonomia. A esse respeito, ESCH (1996: 37) cita, por exemplo, o que chama de "auto-instrução" ou aprendizagem sem professor. Para marcar a diferença, LITWIN (2001:17) ressalta que "um autodidata é aquele estudante que seleciona os conteúdos e não conta com uma proposta pedagógica e didática para seu estudo". Considerando todos esses aspectos, a presente pesquisa está centrada principalmente na ideia de autonomia como um elemento fundamental para o crescimento do aluno, enquanto protagonista do desenvolvimento do seu aprendizado. Numa outra ponta, problemas como baixa motivação, pouco tempo disponível para estudo, e, muitas vezes, a crença numa suposta "autossuficiência" das aulas presenciais reforçam a urgência de um trabalho voltado para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem autônomas junto aos alunos. Nesse sentido, com base em recursos teóricos e metodológicos, como a Orientação Individual para Aprendizagem de Línguas (KLEPPING & SPÄNKUCH, 2014), esta comunicação tem por objetivo apresentar uma pesquisa piloto desenvolvida em contexto de ensino de Alemão como Língua Estrangeira em turmas de graduação, com vistas a se verificar a influência deste recurso sobre a percepção de estudantes acerca de aspectos relacionados a aprendizado autônomo e centralidade do aprendiz no processo de aprendizagem/aquisição de uma l. Assim, serão abordados, além dos pressupostos que fundamentaram a pesquisa, os procedimentos metodológicos do trabalho com a Orientação Individual e os resultados preliminares advindos dessa experiência.