O interesse por essa pesquisa tendo como lócus a Sala de Recursos Multifuncionais (SEM) e o Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Estudante (NAPpE), trata-se de observar como ocorre o atendimento as crianças com necessidades especiais na Rede Municipal de Ensino de Pombal/Paraíba e se este atendimento está surtindo algum efeito, com base na intervenção pedagógica realizada no processo de ensino e aprendizagem. A discussão sobre políticas inclusivas costuma centrar-se nos eixos da organização sócio-política necessária a viabilizá-la e dos direitos individuais do público a que se destina. Na busca desta perspectiva se evidenciam inúmeros esforços teóricos, técnicos, políticos, operacionais, para a construção de uma educação inclusiva que dê conta da amplitude das transformações que um processo como este implica. Das 31 (trinta e uma) Escolas que compõem a Rede Municipal de Ensino de Pombal/Paraíba, 06 (seis) possuem SEM e as demais quando diagnosticado a necessidade de encaminhamento para o atendimento os alunos são encaminhados para o NAPpE, onde são acompanhados por equipe multidisciplinar composta por psicóloga, psicopedagoga, orientadora educacional, supervisara de ensino e assistente social. Os caminhos percorridos pela educação brasileira para concretizar seu projeto inclusivo tem esbarrado em equívocos conceituais, que dificultam a reorganização pedagógica das escolas para atender às exigências que as diferenças lhes impõem. Os avanços da escola brasileira nessa direção têm acontecido muito lentamente, e o número crescente de alunos outrora excluídos das turmas do ensino comum é uma provocação constante nesse sentido.