BARRETO, Jhersyka Barros. A educação como um campo hegemônico da luta de classes no brasil. Anais III CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/19764>. Acesso em: 23/12/2024 04:13
O artigo analisa a educação como campo hegemônico da luta de classe no Brasil, visando discutir a relação da educação com os interesses de classe. O estudo parte da hipótese de que o processo de estruturação da educação brasileira sempre esteve ligado aos interesses da classe dominante, que ainda hoje utiliza esse aparelho ideológico a seu favor. Dessa forma, o presente artigo aborda o contexto histórico do desenvolvimento da educação no Brasil até os dias de hoje. A metodologia utilizada foi o levantamento de referências bibliográficas. O estudo evidenciou que desde o período Colonial, a educação é utilizada como aparelho ideológico para facilitar o domínio de uma parcela da sociedade sobre a outra. Já que passou a ter a função de adestrar o ser social, adequá-lo para o convívio em sociedade e prepará-lo para atender às necessidade do capital dentro do mundo do trabalho. A educação pode ser entendida como um campo de disputa hegemônica, onde as lutas e os interesses de classes se manifestam e são determinantes para a existência de um modelo dualista de sistemas educacionais. Por essa razão, na medida em que o sistema capitalista se solidificou, os sistemas educacionais se estruturaram, seguindo esse modelo dualista, segmentado, em que há a escola disciplinadora e adestradora para os filhos dos trabalhadores e escola formativa para os filhos das classes dominantes. Com as políticas neoliberais, a educação passou a ser explorada como meio de produção do capital humano. Assim, a disseminação da teoria do capital humano, como o remédio para a solução das desigualdades entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos e entre os indivíduos, foi rápida nos países latino-americanos e de Terceiro Mundo, mediante os organismos internacionais.