A cada ano no Brasil aumentam os casos de homicídios de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis. A esta violência damos o nome de homofobia. Pensar a homofobia numa perspectiva da educação é o nosso desafio, consideramos necessária a problematização da violência que acontece rotineiramente contra alunos/as que não estão adequados/as à ordem social. Nesse sentido, o presente estudo estabeleceu os seguintes objetivos: a) investigar sobre o que pensam educadores/as sobre homossexualidade e homofobia; b) comparar as concepções e as práticas de educadores/as que participaram da formação sobre sexualidade ofertada pelo Programa de Extensão “Diálogos autobiográficos: Trilhas da formação dos/as educadores/as serranos/as”, com professores/as que não a tiveram. Nossa amostra foi composta por quatro educadores/as, dois/duas desses foram escolhidos/as a partir das disciplinas que lecionavam e outros/as dois/duas foram escolhidos/as por causa de sua participação na formação oferecida pelo Programa de Extensão já mencionado. A partir da literatura consultada compreendemos alguns fatores históricos que contribuíram na constituição de uma sociedade que hostiliza os/as homossexuais, assim como deu nos subsidio para o entendimento deste ódio. Tecemos também um debate acerca da importância da formação profissional para educadores/as na área de gênero e sexualidade. Alguns teóricos foram essenciais na construção da nossa tese, tais como: Borrillo (2010), Foucault (1988), Louro (1998), Vainfas (2006) e outros. Os/as educadores/as nos permitiram conhecer através de seus relatos a homofobia que acontece no cotidiano escolar, são insultos, piadas e outros tipos de agressões com a finalidade de constranger e coagir. Concluímos que as pessoas que tiveram a oportunidade de participar da formação proporcionada pelo Programa de Extensão expressam mais liberdade em sua maneira de falar sobre o tema, comparando-os com os/as educadores/as que tiveram a mesma formação.