SOUZA, Edmárcio Peixoto De et al.. Educação sexual na escola: abordagem necessária. Anais III CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/20882>. Acesso em: 23/12/2024 00:46
A Educação Sexual deve começar a partir da Educação Infantil, sendo estendida até o Ensino Fundamental, em que desde cedo o professor possa planejar suas ações em prol de uma vivência sexual adequada. Em outras palavras, de acordo com Ribeiro (2003) esse trabalho deve ocorrer integrado às disciplinas e atividades do dia-a-dia, nos momentos em que a criança apresenta alguma curiosidade ou tem alguma atitude que o professor considere adequado intervir. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é analisar a relevância de se trabalhar com assuntos relacionados à sexualidade no ambiente escolar, partindo da concepção de docentes do 5º ano, já que tal temática é pouco vivenciada nos anos iniciais. A Educação Sexual é mal interpretada diante de seu amplo campo de discussão na sala de aula, há uma desvalorização referente em lidar com tais assuntos, devido à falta de capacitação dos docentes, ao mesmo tempo, que a temática é arraigada de valores, crenças e tabus rigidamente estabelecidos por nossa sociedade. Como resultado deste estudo, foram analisadas algumas entrevistas realizadas com professoras do 5º ano de uma escola municipal de Jucati-PE, com o intuito de compreender o que os sujeitos da instituição entendem por Educação Sexual e como trabalham metodologicamente. O tipo de pesquisa utilizada foi a etnográfica segundo Severino (2013), pois descrevemos e refletimos sobre os fenômenos através da cultura pela qual os sujeitos estavam inseridos. Como resultados obtidos, percebemos que as docentes compreendem a temática da sexualidade apenas pelo viés da parte fisiológica do ser, deixando de lado discussões em relação às questões de gênero e respeito à diversidade sexual. Todas as docentes afirmaram que não abordam com frequência assuntos ligados à sexualidade em decorrência da frequente interferência dos pais dos alunos. Por fim, consideramos que a educação em sexualidade deve ser explorada com mais frequência pelos professores, sendo indispensável que os docentes se disponham em realizar um trabalho de (trans) formação no que concerne aos alunos, pais e próprio sistema escolar.