Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), apontou que 6,2% da população brasileira sofrem de algum tipo de deficiência. Na Pesquisa Nacional De saúde (PNS) foram considerados quatro tipos de deficiências: auditiva, visual, física e intelectual. Dentre os tipos de deficiência pesquisados, a deficiência visual é a mais comum, acometendo 3,6% dos brasileiros (IBGE-PNS, 2013). Tendo em vista o grande número de brasileiros deficientes visuais e a falta de formação superior que contemple as necessidades dessas pessoas, tal público pode ser um desafio aos cirurgiões dentistas, desde a adaptação da clínica odontológica até o correto manejo e condutas a serem tomadas para o tratamento dos mesmos, por essa condição inspirar atenção às situações e limitações destes pacientes. Dessa forma, o objetivo geral deste estudo foi fornecer orientações através de palestras e criar um roteiro instrutivo/informativo impresso visível e tátil, em Braille, sobre higienização bucal para uma padronização de procedimentos e inclusão de deficientes visuais. Para alcançá-lo, traçamos os seguintes objetivos específicos: orientar sobre higienização bucal de deficientes visuais; incentivar a higienização bucal em pacientes deficientes visuais; minimizar os índices de problemas de saúde bucal em pacientes deficientes visuais; e padronizar métodos e técnicas de higienização bucal em Braille direcionado a deficientes visuais. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa exploratória, baseada nos pressupostos teóricos de Ettinger e Kambhu (1992), Sheppard, 2006 e Goulart e Vargas (1998). Como processo, obtivemos a realização de atividades informativas e instrutivas e como produto, a elaboração de um roteiro instrutivo/informativo impresso visível e tátil, em Braille e português, para os deficientes visuais e o público em geral. Ocorreu o desenvolvimento de autonomia na higienização e a compreensão acerca da correta profilaxia.