Por muito tempo o sistema escolar não concedeu aos alunos a possibilidade de expressar sua opinião sobre o próprio processo educacional; eram expostos a conteúdos verbais pelos professores, que na época eram autoridades na sala de aula, ditos como conhecedores da verdade. Os estudantes eram excluídos de discussões e submetidos a aulas em que o único recurso didático era uma lousa para copiar. Esta era a Educação Tradicional. Diante desse contexto, no final do século XIX surgiu uma iniciativa de implementar novas formas de ensino, em que o professor ocupasse um posto de mediador do conhecimento e que o aluno se tornasse o centro do processo de aprendizagem. A partir desse avanço o aluno se torna um agente ativo, criativo e participativo. Desta forma o conteúdo passa a ter um significado, sendo abordado de diferentes formas, através de pesquisas, discussões em sala, trabalhos em grupo, experimentos e jogos. A partir desta ação pedagógica, o PIBID-FÍSICA da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro resolveu criar um jogo, ou seja, utilizar uma metodologia lúdica, capaz de ensinar, de forma divertida, conceitos da física voltados para a termologia, com ênfase em calor e temperatura, além de incentivar a criatividade, desenvolvendo o intelecto dos alunos. Nosso objetivo foi fazer com que o aluno deixasse de ser um expectador, recebedor de conhecimento e passasse a ser um participante ativo através de escolhas e superação de obstáculos surgidos durante a partida. Para a superação desses obstáculos, o aluno utilizará os conceitos de Termologia mencionados. No transcorrer da partida o aluno tem a oportunidade de refletir sobre diversos fenômenos físicos, incentivando a pesquisa, motivando perguntas, o pensamento crítico e estimulando a busca pela solução de situações problemáticas. É um jogo de tabuleiro, que consiste em um mapa, dividido em três caminhos, tendo como finalidade que o jogador chegue a um ponto determinado em menor tempo que seus oponentes. No seu transcorrer, jogador fará uso de cartas distintas como, por exemplo, cartas de ação e direcionamento, que têm por objetivo, respectivamente, propor situações problemáticas e auxiliar os jogadores. Há também as cartas de percepção de consequência ou de sorte, que são utilizadas como uma forma de bônus ou penalizações pelas escolhas feitas. O jogo foi desenvolvido em três etapas distintas, com o número de jogadas definidas, buscando assim uma forma gradativa do aprendizado. Na primeira etapa do jogo o uso das cartas de direcionamento tem como objetivo orientar o jogador nas suas escolhas, e a partir dessas orientações são inseridos os conceitos físicos. Sendo assim, não é necessário que o aluno tenha conhecimento cientifico sobre o assunto abordado. A segunda etapa é constituída de perguntas feitas de forma direta e assim tem como objetivo privilegiar o grupo que adquiriu mais conhecimentos, pois as perguntas feitas estão relacionadas diretamente com os conceitos explicados na primeira etapa do jogo. A terceira etapa tem o objetivo de consolidar todo o conhecimento. Espera-se que o aluno faça o uso dos conhecimentos adquiridos para terminar o jogo.