Compreendemos o quanto é necessário uma problematização acerca dos mecanismos de avaliação presentes no ensino universitário, para os estudantes que iniciam uma nova fase estudantil, e consequentemente, as implicações que decorrem na aprendizagem destes mesmos e seu processo de formação, portanto, esta é nossa finalidade nesse artigo. O que nos leva a esse estudo são os questionamentos de estudantes iniciantes nos cursos de licenciaturas, acerca dos métodos avaliativos que os professores adotam, não levando em consideração a realidade educativa destes estudantes que muitas vezes não teve uma formação sólida na educação básica, mas superficial. E que muitos docentes ao não considerar esses fatores, terminam avaliando aspectos no processo de formação que geralmente os discentes não tiveram acesso na educação escolar como base para ingressar no ensino superior. Adotamos como metodologia de estudo a leitura e análise de alguns teóricos, que discutem essas questões e suas reflexões sobre avaliação, ensino superior e aprendizagem, como Dalben (2002), Esteban (2001), Souza (1997), Luis (2007), Berbel (2001), Piletti e Praxedes (2010), Depresbiteris (1997), Garcia (2009), Luckesi (2008) e Sobrinho (2003). Questões como, situação de aprendizagem pelo qual os universitários se encontram, capital cultural, realidade social, expectativas e tantas outros pontos, são elementos que influenciam direta ou indiretamente a formação dos sujeitos e seus meios de desenvolvimento cognitivo. Assim como é necessário analisar esses pressupostos mais enraizados que refletem e conduzem para uma realidade de aprendizagem. Em síntese, entendemos que é primordial uma maior reflexão e análise de um ponto de vista crítico e significativo que situe a realidade dos sujeitos, suas condições no âmbito do conhecimento, assim como, as expectativas que se esperam ter em relação ao processo de aprendizagem, por meio de uma percepção avaliativa que considere todos estes aspectos.