ROCHA, Simone Maria Da et al.. As narrativas (auto)biográficas como prática de fomação. Anais III CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/20333>. Acesso em: 05/11/2024 09:29
As fontes (auto)biográficas, constituídas por narrativas, relatos orais, registros escritos, biografias, histórias de vida, dentre outros, apresentam-se como objeto de investigação cada vez mais emergente nas Ciências Sociais e Humanas. No campo da Educação, a Pesquisa (Auto)biográfica vem ampliando e produzindo conhecimentos sobre a pessoa em processo de formação, as relações com os espaços e tempos de aprendizagem e a subjetividade inerente ao pertencer e biografar a própria vida. A necessidade de uma renovação metodológica, resultado da crise generalizada dos instrumentos heurísticos da sociologia e o axioma da objetividade, trouxe à tona o sujeito ator-autor de sua própria vida (PASSEGGI, 2011). O objetivo do presente trabalho é investigar as narrativas (auto)biográficas como prática de formação docente, e compreender como elas podem contribuir na construção de estratégias para uma práxis pedagógica significativa. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa em andamento, realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas com Narrativas (Auto)biográficas em Educação (GEPENAE), que envolve, além da professora orientadora, cinco estudantes das licenciaturas em Letras Libras e Letras Inglês da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Por tratar-se de um estudo em andamento não foi possível trazer análises mais aprofundadas das narrativas dos docentes participantes da pesquisa. No entanto, temos observado a necessidade de melhor compreender o processo de reflexividade biográfica, bem como a mediação biográfica, são conceitos que merecem um maior aprofundamento ao investigar a formação a partir do sujeito. A intenção é que possamos ao término do estudo levantar reflexões acerca da formação na perspectiva do sujeito, conhecer os percursos que os constituíram como docentes e depreender quais experiências foram essências em suas histórias de vida. Esperamos assim com os professores desenvolver estratégias para uma práxis autônoma, crítica e significativa. Considerando o que nos diz Passeggi (2011) que o processo de reflexão biográfica em grupos reflexivos coloca o coletivo no seio de um fazer individual e o indivíduo no seio de um fazer coletivo, em que se alternam a escrita de si (autobiografia) e a compreensão de si pela história do outro (heterobiografia).