As políticas direcionadas à promoção de saúde em relação ao HIV/Aids partem do pressuposto de garantia dos direitos humanos. O trabalho focado nas práticas preventivas das profissionais do sexo tem relação direta com a busca pela qualidade de vida das mesmas. Objetivando analisar como as profissionais do sexo se posicionam frente à vulnerabilidade do HIV/Aids e como avaliam sua qualidade de vida, este estudo se tratou de uma pesquisa exploratória que contou com a participação de 40 profissionais do sexo atuantes na cidade de Campina Grande-PB. O instrumento utilizado na coleta de dados foi um questionário semiestruturado autoaplicável composto por 30 questões de múltipla escolha e uma questão discursiva. O banco de dados quantitativo foi construído no software SPSS e para análise quantitativa foi utilizado estatística descritiva e teste bivariado, como o teste de correlação de pearson. A análise qualitativa foi feita com base no modelo de Figueiredo. No que se refere à chance de contrair o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), 42,5% afirmaram que seria possível. Nos discursos sobre a qualidade de vida destacam as que a caracterizam como positiva, evidenciando a independência financeira e avaliação positiva da escolha em relação à profissão, e as que julgam a qualidade de vida como negativa, enfatizando o desemprego e a manutenção da estrutura familiar. Como conclusão observa-se maior dificuldade na manutenção da qualidade de vida e das práticas preventivas para as profissionais que atuam na área devido às necessidades de subsistência e faltas de possibilidades de ingresso em outras áreas.