A prática em enfermagem é exercida em vários setores da saúde, como promoção, prevenção, gestão, consultorias, entre outros. Tem-se notado que os recursos tecnológicos, além de fazerem parte do nosso cotidiano, estão presentes também nos serviços de saúde. Desta maneira, a sociedade acaba girando em torno desta realidade, caracterizada por informação e comunicação. Considerando que os profissionais de saúde e em especial o enfermeiro, precisa se manter atualizado quanto ao desenvolvimento técnico aliado à ampla disponibilidade de recursos tecnológicos no apoio aos procedimentos da prática profissional, o objetivo do seguinte estudo foi identificar em publicações científicas nacionais acerca da mudança no processo de trabalho após a implementação dos sistemas informatizados em saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada por meio do levantamento de publicações do banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), realizado durante o mês de maio. Foram utilizados três descritores inseridos nos campos de busca avançada, são eles: Enfermagem, Sistemas de Informação em Saúde e Tecnologia em Saúde. Como critérios de inclusão foram utilizados os periódicos publicados no idioma português e inglês, textos disponíveis em versão completa e publicações dos últimos nove anos. A amostra constituiu-se em seis publicações. Resultados e Discussão: No ano de 2013 teve duas publicações, já nos anos 2007, 2009, 2012, 2013 e 2015, tiveram uma publicação cada ano. Todos os estudos encontrados apresentaram caráter qualitativo, com predominância temática voltada para a incorporação do uso de Prontuários Eletrônicos nos serviços de saúde. Evidenciou-se que a inserção de sistemas informatizados em saúde traz benefícios, como a agilidade, legibilidade dos registros, apoio na tomada de decisões dos profissionais, mas apresentam limitações que devem ser atingidas para o bom funcionamento e aceitabilidade nos serviços. Conclusão: Conclui-se que a inserção de sistemas informatizados é positiva quando facilita o processo de trabalho do enfermeiro, fato comprovado por grande parte dos estudos aqui expostos. Porém, foi observado que sem a capacitação do profissional e a ausência da participação deste na construção do sistema, torna o processo de utilização do instrumento informatizado inviável, uma vez o enfermeiro é conhecedor da rotina de serviços, atuando na maior parte do tempo durante a assistência ao paciente e só com a participação dos profissionais da área da informática, o modelo funcional do sistema poderá não atender as necessidades reais do serviço, gerando uma baixa adesão e aceitabilidade por parte desses profissionais. Sendo assim, é imprescindível a capacitação formal dos enfermeiros, para eles possam ter autonomia e capacidade avaliativa diante da operacionalização dos sistemas informatizados.