Introdução: Os produtos ultraprocesados são em sua maioria compostos de ingredientes e contem pouco ou nenhum alimento integral. Esses alimentos possuem propriedades peculiares o que leva ao consumo excessivo de energia, como sua frequente comercialização em grandes porções, sua hiperpalatabilidade, sua longa duração e facilidade de transporte, que facilitam o hábito de comer entre refeições. Objetivo: através de uma revisão bibliográfica, analisar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados no Brasil e no mundo e averiguar a associação entre o consumo desses alimentos e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, relacionando-os com a transição nutricional e mudanças no padrão de consumo. Metodologia: O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos do estudo exploratório, por meio de uma pesquisa na literatura virtual. Foram utilizados artigos publicados entre 1995 e 2016 e o Guia Alimentar da População brasileira de 2014. Resultados e discussões: Está ocorrendo um crescimento exponencial da produção e do consumo de produtos ultraprocessados, confirmando que elas deslocam produtos minimamente processados e preparados feitos a partir destes alimentos. Documenta-se o marketing agressivo e mostra o seu enorme impacto negativo sobre a qualidade das dietas e em perfis de obesidade, síndrome metabólica e de lipídios no sangue. Conclusão: Com esse trabalho conclui-se que o elevado consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação positiva com a ingestão de sódio, colesterol e gorduras chama a atenção para a realização de intervenções visando à redução da ingestão desse grupo de alimentos.