O câncer é o termo genérico dado a um conjunto de 100 diferentes tipos de doenças. Em 2030, estima-se que a carga global será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes por câncer. É possível observar que as interações medicamentosas na oncologia são frequentes, tal fato justifica-se pelo uso concomitante de muitos medicamentos. A atenção farmacêutica é a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional. O monitoramento de pacientes oncológicos, desde os aspectos particulares à possível detecção de eventos adversos, constitui-se fundamental importância para a qualidade de vida do paciente, além de diminuir o tempo e o custo de internação. A pesquisa foi executada em um hospital filantrópico na Paraíba através de uma ficha farmacoterapêutica desenvolvida por alunos do programa Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM/UEPB). Foram acompanhados um total de 80 pacientes, desse total 43 eram do sexo feminino (53,5%). A média de idade foi de 60,6 anos. As classes de medicamentos mais utilizadas foram: anti-inflamatório não esteroidal, antiulceroso, antiemético, opiáceo, antidepressivo tricíclico e antibiótico do grupo das quinolonas. Dos pacientes acompanhados através de ficha padronizada 64 faziam uso de 5 ou mais medicamentos (80%). Dentre 80 pacientes, 33,7% apresentaram suspeitas de reações adversas e a interação mais recorrente foi entre a ondansetrona e tramadol, interação considerada grave.