Em virtude do crescente número de adeptos aos exercícios físicos, da frequência de alergias durante as referidas atividades e do pouco conhecimento sobre as consequências das mesmas, pelos diversos profissionais da saúde, foi realizada uma revisão integrativa da literatura sobre como um simples exercício pode induzir o aparecimento de manifestações clínicas alérgicas, sendo esta denominada anafilaxia induzida por exercício . Classificada como uma reação de hipersensibilidade imediata acometem principalmente adolescentes e adultos jovens, podendo ainda ter a influência de alimentos, fármacos e estados emocionais que resultam numa descarga automática de acetilcolina. Para tanto, foram localizados 87 artigos publicados de 2001 a 2013, que abordassem os aspectos clínicos, etiológicos e imunológicos, nos idiomas português, inglês e espanhol. Palavras-chaves como, anafilaxia, alergia, imunologia, hipersensibilidade e urticária foram utilizadas para buscas efetivas nas bases de dados. Do total pesquisado, 34 artigos se encaixaram nos objetivos desse estudo e serviram de base para compô-lo. Pode-se constatar que esses transtornos alérgicos caracterizam-se por erupção urticarial com machas roxas, sensação de aquecimento e eritema difuso, poucos minutos após o início dos exercícios físicos, seguido de prurido cutâneo. Esses quadros clínicos são iniciados por uma reação de hipersensibilidade imediata do tipo I e dependente de IgE. No tratamento dessas alergias utilizam-se fundamentalmente os anti-histamínicos, além de corticoesteróides que podem ser administrados durante curta duração. Diante dos resultados, verifica-se a necessidade dos profissionais de enfermagem terem o conhecimento sobre a mesma e saberem como orientar as pessoas acometidas alertando-as em como podem evitar o sobreaquecimento corporal, assim como possíveis alimentos e drogas que possam influenciar no aparecimento dos sintomas alérgicos.