Este trabalho tem como objetivo repensar a formação acadêmica do psicólogo, haja vista que as mudanças referentes ao campo da Saúde Mental implicaram um novo paradigma de atuação do psicólogo. A proposta trazida pelo Movimento da Reforma Psiquiátrica possibilita uma nova compreensão acerca da Saúde Mental, que deve ser entendida a partir de uma construção transversal, complexa e simultânea de saberes. A transformação do pensar sobre o sofrimento mental possibilitou o surgimento de novos espaços e ações de promoção à saúde, com foco no sujeito e não mais na doença. Desse modo, esta pesquisa ocorreu de forma exploratória através de visitas a cenários da rede de saúde pública, que foram criados para promover as mudanças desses paradigmas, que foram: o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil Intervenção Precoce - CAPSi, o Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF e o Serviço Escola de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande/PB, todos localizados na cidade de Campina Grande/PB. A pesquisa exploratória proporcionou a identificação dos desafios e estratégias de intervenção desenvolvidas pelos psicólogos nesses espaços, bem como (re)afirmou a necessidade de uma formação acadêmica consoante às novas diretrizes da Saúde Mental. Por fim, entendemos que a mudança social requer solidariedade entre os sujeitos e compromisso político e ético, ao passo em que reconhecemos a Psicologia como um importante instrumento transformador das relações sociais.