Visando fazer uma ponte entre o abstrato e o concreto na matemática, alguns estudiosos como a médica e educadora italiana Maria Montessori procuraram desenvolver materiais manipulativos para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da matemática. Após experiências com crianças excepcionais, desenvolveria, no início deste século, vários destes materiais, com forte apelo a "percepção visual e tátil", que posteriormente estendidos para o ensino de classes normais. Segundo Freitas ( 2004, p.59), “com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável”. A escolha desse material concreto nos remeteu a possibilidade de ver o desenvolvimento do raciocínio lógico do aluno. Pois, nada deve ser dado à criança (nossos alunos), no campo da matemática, sem primeiro apresentar-se a ela uma situação concreta que a leve a agir, a pensar, a experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar na abstração (Azevedo, p. 27). Nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN de Matemática (Brasil, 1997), compreendemos que a importância do uso de recursos didáticos, recomendado, possa promover uma melhor aprendizagem no processo cognitivo, como no desenvolvimento do pensamento. Portanto, tendo como objetivo do nosso estudo, levar os estudantes a compreender de maneira concreta o sistema de numeração decimal-posicional a partir da manipulação do Material Dourado para que, de pose dessa compreensão, eles possam realizar as operações fundamentais com o algoritmo imbuídos de mais significados. Para desenvolver nossa atividade com material, o projeto foi a priori, vivenciado com a turma 7º ano “C” do Grupo Escolar Municipal Joaquim do Rêgo Cavalcanti, Ipojuca, PE. A escolha dessa turma se justifica porque boa parte dos alunos apresenta dificuldades com o entendimento das operações fundamentais.