Este estudo é de tipo transversal, de natureza quantitativa e teve por objetivo comparar o número de dificuldades em Atividades Básicas de Vida Diária (ABVDs) com os dados demográficos de uma amostra composta por 249 idosos residentes em Campina Grande (PB). Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados, um Questionário sociodemográfico e a Escala de Katz, adaptada para a população brasileira. Os dados foram tabulados no SPSS, versão 18, e realizadas estatísticas descritivas (média e desvio padrão) e inferenciais (teste de Qui-quadrado de Pearson e de correlações de Pearson). O erro aceito para todas as medidas foi de 5% (p < 0,05). Verificou-se que o número de dificuldades com as ABVDs apresentou diferenças significativas em relação à variável sexo, de modo que as mulheres apresentaram uma média mais elevada de dificuldades em ABVDs (M = 0,19; p = 0,01) do que os homens. Foi observada uma correlação positiva entre a idade dos idosos com o número de dificuldades com as ABVDs, indicando que o aumento da idade no grupo pesquisado está relacionado a um maior número de dificuldades no desempenho das ABVDs (r = 0,13; p = 0,05). Permite-se concluir que a idade avançada interfere na capacidade funcional do indivíduo realizar de forma habilidosa e independente as Atividades Básicas de Vida Diária. Além disso, observou-se que o grupo feminino sofre mais acentuadamente os impactos negativos do envelhecimento sobre a capacidade funcional, destacada neste estudo através de medidas em atividades essenciais à sobrevivência.