Artigo Anais IV CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NA TERCEIRA IDADE: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS (2011 – 2014)

Palavra-chaves: IDOSOS, SINAN, ANIMAIS PEÇONHENTOS Pôster (PO) Práticas Clínicas e Terapêuticas direcionadas a Pessoa Idosa
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Publicado em 24 de setembro de 2015

Resumo

Os acidentes por animais peçonhentos envolvendo idosos são tidos como um grande importância de saúde pública, pois possuem uma maior fragilidade do organismo devido às alterações fisiológicas em decorrência do processo de envelhecimento. Quando expostos ao veneno de determinados animais, como serpentes e escorpiões, sofrem danos teciduais e até sistêmicos, tornando-os um grupo vulnerável e com um grau de letalidade maior. Realizou-se um estudo retrospectivo, descritivo, transversal e quantitativo dos acidentes por animais peçonhentos envolvendo idosos, com idade acima de 60 anos, registrados nas fichas de notificação de animais peçonhentos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), atendidos e notificados pelo Centro de Assistência Toxicológica de Campina Grande (Ceatox-CG), sediado no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes (HETDLGF). Analisou-se as variáveis sócio demográficas e as relacionadas ao acidente, reorganizando em gráficos e tabelas pelo programa Microsft Excel 2007, e a estatística realizada pelo SPSS Statistics 18.0. Dos 551 pacientes idosos acometidos por acidentes causados por animais peçonhentos, prevaleceram os acidentes por escorpiões, serpentes e abelhas. No gênero masculino, predominou os acidentes ofídicos com 78,6% (n=66) e as abelhas que correspondem a 63,9% (n=23) e no gênero feminino prevaleceu os acidentes envolvendo escorpiões com 70,6% (n=252). Em se tratando faixa etária predominou entre 60 e 79 anos com 88,4% (n=487) e naqueles que não possuíam Educação Básica (Ensino fundamental completo) com 68,7% (n=296) e a faixa etária que predominou foi entre 60 e 79 anos com 88,4% (n=487). No que se refere aos casos relacionados ao município de ocorrência, o gênero feminino prevaleceu na cidade de Campina Grande com 66,5% (n=254) e na zona urbana com 66,4% (n=277). Os casos referentes ao gênero masculino estiveram mais presente na zona rural com 68% (n=87) e em outras cidades 60,2% (n=97). Quanto ao tempo decorrido após a ocorrência dos acidentes, tanto para os pacientes que residiam no município de Campina Grande quanto os que residem em outros foram atendidos nas primeiras 3 horas. No que se refere à evolução do caso, três pacientes foram a óbito (0,56%), sendo dois por serpente e o outro por abelha. Aos demais, 90,86% dos acidentes foram classificados como leve e 10,89% necessitaram de alguma soroterapia. Conclui-se que são necessárias implantações de práticas educativas e de uma assistência adequada especifica a população idosa, para evitar que a falta de tratamento não acarrete danos mais graves a saúde do individuo.

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