Este artigo tem o objetivo de analisar a Teoria das Representações Sociais enquanto referência teórico-metodológica para as pesquisas sobre gênero e educação. A Teoria das Representações Sociais parte da premissa de que existem formas diferentes e móveis de conhecer e de se comunicar que transcendem a fronteira do saber popular e da ciência, pois a representação materializada no senso comum adquire vida própria como produto da atividade social. Dessa forma, conhecer os elementos que constituem as representações sociais acerca das relações de gênero e da diversidade sexual no ambiente educacional pode-se constituir em um instrumento eficaz para a desconstrução de preconceitos e discriminações perpetrados contra sujeitos que diferem do padrão social heteronormativo. Nesse sentido, apesar das dificuldades específicas para desconstruir crenças e normas preestabelecidas, somente uma mudança de cultura e representações que contemplem a pluralidade de relações, vivências e expressões de sexualidade e gênero poderá transformar essa realidade social construída historicamente, pois é justamente a mudança de nossas representações sociais que pode promover a superação de nossos preconceitos. Além disso, conhecer tais representações sociais pode ser um relevante aporte científico para o embasamento das futuras intervenções sociais e educacionais, especialmente para pedagogos e psicólogos e um dos passos imprescindíveis para a desconstrução de preconceitos, discriminações, estereótipos e superação de toda e qualquer prática LGBTIfóbicas cometida contra aqueles que não se enquadram nos padrões heteronormativos da nossa sociedade