A procura por uma alimentação mais saudável como hortaliças, especialmente as consumidas cruas, que têm especial importância para a saúde pública. Vários estudos apontam a importância do consumo de hortaliças para a saúde por ser uma importante fonte de minerais e vitaminas na alimentação humana. Por outro lado, estudos sugerem que grande parte dos agentes etiológicos de enfermidades entéricas são vinculados ao homem através de frutas e verduras consumidas cruas provenientes de áreas cultivadas e contaminadas por dejetos. Ao mesmo tempo, é preciso desenvolver atividades que solicitem dos alunos várias habilidades, entre elas o estabelecimento de conexões entre conceitos e conhecimentos tecnológicos conforme os PCNs. Para tanto, objetivou-se analisar a incidência de parasitas de interesse em Saúde Pública em alfaces (Lactuca sativa) comercializadas em Santa Cruz do Capibaribe – PE. A pesquisa foi desenvolvida com alunos do 2º ano da EREM Luiz Alves da Silva, na abordagem do tema parasitologia com aulas teóricas e atividades práticas, utilizou-se 20 amostras de alfaces comercializadas em supermercados, cada amostra, foi constituída por um pé, independente de peso ou tamanho, que foram acondicionadas, individualmente, em sacos plásticos novos, limpos e transportados para o Laboratório de Biologia da Escola de Referência em Ensino Médio Luiz Alves da Silva. Cada amostra foi desfolhada em um béquer com 500 ml de água destilada, folha a folha. A água resultante foi filtrada com gaze em cálice de fundo cônico e deixada em sedimentação por 12 horas, em seguida foi desprezado o sobrenadante, com o material resultante realizou-se a leitura de duas lâminas para cada amostra. Ficou evidenciado um índice parasitário de 100%, sendo 100% das amostras positivas para larvas de Strongyloides stercoralis, 20% para cistos de Entamoeba histolytica, 15% apresentaram a Entamoeba coli e numa amostra (5%) foi encontrado um cisto de Taenia sp. As amostras analisadas apresentaram baixos padrões higiênicos, indicando a necessidade de medidas profiláticas que devem ser incentivadas através de campanhas para a adoção de práticas educativas que possibilitem um maior cuidado no manuseio e consumo de alimentos.