A relação entre filosofia e educação é bastante próxima, ambas se colocam à disposição da geração e partilha de conhecimento. Pode-se falar da existência de múltiplas formas de educação, assim como é possível relacionar diversas práticas a construção da filosofia, nesse sentido, é possível pensar na completude existente entre as práticas filosóficas e o mundo da educação em suas mais plurais searas. Elas são ora correntes de pensamentos, ora ramificações de uma ideia de ser quando suas essências de promover o notório saber. Nesse bojo, nasce a filosofia da educação, que tem assumido um papel determinante no processo de construção da pedagogia educacional, tendo como elemento chave a criticidade. No ensino de ciências não é comum abordar de forma direta conceitos filosóficos, muito disso está relacionado com as contradições do sistema capitalista no mundo da educação. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (Lei nº 9.394/96) afirma que os processos formativos se dão no seio familiar, na vida em sociedade, nos movimentos sociais e demais organizações da sociedade civil, para além das instituições de ensino. Nesse sentido, é importante integrar a práxis filosófica nas ciências da natureza, potencializando um ensino autônomo e emancipador, que tenha como perspectiva a realidade na qual a comunidade escolar (no caso da educação formal) está inserida. Neste trabalho objetivou-se debater, a partir da literatura pesquisada, o diálogo existente entre educação e filosofia, apontando a importância da filosofia da educação para o ensino de ciências, na compreensão de que a filosofia e a educação se colocam lado a lado na reflexão necessária para construção de conhecimento e para tomada de atitude, que leva a mudança de realidades concretas.